Viajando de avião com bebê: dicas para uma viagem tranquila
Neste post
Viajar de avião com um bebê é um mundo completamente diferente e gera certa ansiedade em todos os pais, mas a prática pode ser muito mais tranquila do que parece. A gente sempre amou viajar, então sempre tivemos o plano fazer a Julia crescer dentro dessa realidade com a gente. Tiramos o primeiro passaporte dela com menos de um mês de vida e sua primeira viagem foi aos 4 meses.
Hoje já são algumas boas viagens acumuladas nesses seus pouco mais de 1 ano e meio de vida (quanta experiência!) e finalmente sinto que chegou a hora de escrever um dos posts que mais me pedem desde que contei aqui no blog sobre a chegada dela na nossa família: dicas para viajar de avião com bebês.
Eu quis esperar para escrever este post pois eu não acho que uma experiência pontual de um vôo me daria respaldo para oferecer dicas no assunto. Afinal, a gente sabe que cada criança é de um jeito e cada experiência vai ter seus aspectos únicos.
Por isso, eu decidi que só escreveria esse post quando tivesse acumulado viagens em todas as etapas de um bebê em diferentes experiências de vôo. A idéia aqui é dividir as dicas que me ajudaram a tornar a viagem mais fácil em diferentes momentos e contextos, e não passar um “passo a passo” do que você deve fazer – porque até parece que as crianças vão quebrar esse galho de seguir o “roteiro” de qualquer passo a passo né?
Hoje a Julia já viajou comigo em vôo diurno e vôo noturno, de executiva e de econômica, em vôo direto e em vôo com escalas, em fases que só mamava e nem engatinhava e em fases que já queria brincar e sair correndo o tempo todo. Já viajamos só nós duas e também com mais gente acompanhando (Felipe, meus pais, meus sogros, “tia” Bia e etc). Por fim, da minha lista do que eu achava importante vivenciar para este post, faltava somente uma daquelas cenas de chilique e birra de criança no aeroporto/avião que demorou, mas a Julia não ia deixar vocês na mão e me proporcionou este momento único de escândalo há pouco tempo. 😛
Enfim, espero aqui poder te ajudar a se munir de ferramentas para transformar a viagem de avião com um bebê uma experiência mais tranquila. Nós somos os adultos e temos que conseguir ter uma estratégia melhor do que a dos bebês para enfrentar essa situação, né?
Separei aqui mais dicas do que acho que você vai precisar em uma única viagem, justamente para tentar cobrir tudo que você PODE precisar em diferentes contextos com o seu bebê. Vai ser um post longo sim (e provavelmente o post que eu mais demorei pra escrever para o blog!), mas quero que funcione basicamente como um “estojinho de ferramentas” para você acionar quando precisar, dependendo do comportamento do seu filho. No fundo o mais importante é isso: com planejamento, bom humor e jogo de cintura, sempre dá tudo certo! E viajar com bebê é uma delícia!
Dicas para viagem de avião com bebê
Dicas Gerais
Pra começar, aqui vão algumas dicas gerais que considero importante para todos os pais de crianças pequenas que pretendem viajar de avião.
Acerte sua expectativa
Não é porque eu estou te encorajando a viajar com o seu bebê que eu quero que você se iluda (pois isso geraria uma decepção mais pra frente): viajar com bebê sem dúvida vai ser mais trabalhoso. Envolve dormir pouco ou absolutamente nada (dependendo da fase do bebê), um baita planejamento e aquele malabarismo maternal/paternal que a gente conhece bem. Ajuste suas expectativas de cara para poder se preparar devidamente e evitar frustrações.
Para deixar todo mundo na mesma página, vou definir aqui o que eu considero sucesso quando estou viajando com a minha filha.
Bom, eu não sei você mas para a gente, nossa grande missão em um vôo é maximizar o tempo que a Julia dorme e ter distrações que a mantenham interessada no restante do vôo. Assim ela fica feliz e tranquila, nós ficamos felizes e tranquilos e todos os outros passageiros também. Então todo esse post tem como objetivo fazer o máximo para que você consiga exatamente isso: criança que dorme bem, encontra distrações para se divertir e ficar feliz. Essa é a nossa missão, ok?
Entenda as diferentes idades
Alguns comportamentos do bebê vão variar muito de acordo com a idade e trazem um impacto enorme na experiência de vôo deles. Vou contar aqui como o comportamento da Julia mudou no avião ao longo do tempo com objetivo de te ajudar a entender que estágio está o seu bebê, mas é claro que as crianças não são relógios que vão entrar na mesma etapa em sincronia. Conhecendo seu filho, você saberá dizer em que estágio ele está mais ou menos em comparação com o a nossa experiência com a Juju.
Até 6 meses: as crianças, em especial as menorzinhas, podem surpreender e tirar de letra um vôo de avião. Para a gente foi de longe a fase mais fácil de viajar com a Julia. Quando o bebê é muito pequeno, ele dorme bastante e quanto menor for mais vai dormir. Ou seja, nessa situação o que ele precisa mesmo é de leite e colo, o resto ele está disposto a abrir mão (bem capaz dele nem saber ainda que existe “o resto” para começo de conversa).
Nessa fase o bebê não sabe falar, não sabe andar e não sabe fazer birra. Aproveite! As viagens com a Julia menorzinha foram as que eu mais me preparava e foram as mais tranquilas. Se você tiver um bom planejamento no pré viagem para garantir que seu filho queira dormir e que não sinta nenhuma dor, poderá ter um vôo super tranquilo. A gente se dividia e dormia quase o vôo todo quando a Julia tinha essa idade e mesmo na executiva ela sempre se comportou lindamente – era até elogiada pelos comissários.
Seis meses a 1 ano: aqui vai de cada bebê, mas até a criança começar a andar, a viagem tende a ser tranquila. Depois o bebê já vai ficando mais inquieto na cadeira (nada que não seja contornável). Nessa fase, você precisa pensar em mais alimentos para ter em mãos e mais opções de entretenimento, pois seu bebê já deve ficar um pouco mais tempo acordado e ter mais fome. É a fase que o bebê ama se comunicar naquele idioma próprio que só eles entendem, então pode rolar alguns gritinhos aqui e ali, mas normalmente não passa disso (pelo menos para a gente nunca passou), desde que você esteja bem munido para atender as necessidades do seu bebê.
Entre 1 e 2 anos: essa é a etapa que a Julia está agora. Já sabe falar um monte de palavras, já sabe não somente andar, mas correr e fazer birra. É uma fase que o bebê faz a gente gastar mais energia mesmo em terra firme, então dificilmente será diferente em um vôo. Manter uma criança distraída nessa fase em que ela não entende bem o motivo dela não poder sair correndo pelo avião, exige alguma criatividade mas também é possível.
Como a Julia dorme bem a noite e não se incomoda tanto com o barulho de avião, para a gente o que funciona melhor nessa etapa é um vôo noturno. Acho que aqui fica mais importante ainda entender qual tipo de vôo (e vou falar de todos eles já já, para evitar misturar os assuntos) tem mais o perfil do seu bebê, para ter uma experiência mais tranquila para todos vocês.
Regra de ouro: mantenha as necessidades do seu bebê atendidas
Pode parecer uma dica simples, mas faz uma diferença danada e as vezes a gente esquece justamente das coisas mais simples e óbvias. Sei que todos que estão lendo isso são pessoas que se preocupam com o seu bebê a ponto de ler esse post gigante que eu fiz. Ainda assim, na correria de ter que lidar com todos os aspectos da organização da viagem, a gente pode acabar cometendo um erro básico de querer que o bebê espere só um minutinho. Resultado? Bebê aos berros, chorando, mal humorado e você tendo que gastar o dobro de energia para acalma-lo. Por isso coloque a necessidade do bebê em primeiro lugar.
A gente já coloca a Julia como prioridade total em todas as nossas ações mas em uma das últimas viagens, cometemos um erro de principiantes. Olha só: a gente estava saindo de casa atrasado para o aeroporto e nossa carona já estava esperando a gente na porta do prédio. Estava um pouco cedo para dar a mamadeira da tarde pra Julia, mas achei que ficaria muito tarde dar no aeroporto. Antes de sair, falei pro Fe: “será que já dou a mamadeira?”. Ele achou melhor não, eu concordei e seguimos para o aeroporto.
Julia dormiu no caminho e foi super tranquilo. Quando chegamos no aeroporto, já tinha passado bem do horário dela mamar, mas em vez de ir fazer a mamadeira logo, pensamos: vamos primeiro despachar as malas que aí a gente pode sentar com calma e cuidar disso. Parecia uma decisão razoável, né?
Próxima cena: Julia BERRANDO no aeroporto, eu na fila do starbucks só pra pedir um pouco de água quente, o cartão do moço que estava na minha frente na fila do caixa não passava e cada segundo parecia uma eternidade. Recebi vários olhares de reprovação que eu nem liguei porque meu coração já estava partido com o choro da minha filha, então sinceramente, danem-se as pessoas olhando.
Enfim, as vezes quando a gente está com a cabeça cheia, com pressa, tentando fazer tudo, pode acabar cometendo o erro mais simples do mundo. Eu cometi e estou contando aqui para quem sabe, te ajudar a não cometê-lo também! Lembre-se de que o trabalho de acalmar um bebê nervoso é muito maior do que o trabalho de mantê-lo calmo, então faça o que tiver ao seu alcance para garantir que as necessidades dele estarão sempre atendidas – e isso dará tranquilidade para vocês dois!
Escolhendo o vôo
A indecisão dos pais já começa na hora de escolher o vôo porque sabemos que nenhuma situação vai ser exatamente ideal para um bebê! Ainda assim, a experiência muda bastante de acordo com o vôo escolhido, e são muitas decisões para tomar né?
Lógico que a melhor escolha vai depender do perfil da sua família, do seu bebê e até de onde você mora (que pode limitar um pouco as opções de vôos), mas vou explorar aqui os prós e os contras de cada alternativa para te ajudar nessa decisão.
Vôo diurno ou vôo noturno?
A vantagem de vôo diurno é que você poderá dormir uma noite inteira (se seu filho deixar) no final desse dia muito cansativo de viagem que você irá enfrentar. Se seu bebê for mais sensível a barulho para dormir ou se ele for um bebê barulhento por natureza, vôo diurno pode ser uma alternativa de maior tranquilidade para a família inteira. Serão algumas horas de muita canseira (e as vezes parece que dura uma eternidade), mas os benefícios são claros:
- Se você acha que seu filho vai chorar, gritar ou querer conversar alto durante o vôo, o vôo diurno é uma ótima opção para evitar que você fique tenso com a situação e acabe passando essa tensão para o bebê de alguma forma. A verdade é que se o seu filho der um escândalo durante um vôo diurno, isso vai ser enxergado por todos (principalmente por você) de uma maneira bem mais tolerável do que durante um vôo noturno.
- Você estará menos cansado do que se estiver passando a noite em claro no vôo. Isso significa que você terá a cabeça mais fresca, com mais paciência para lidar com as adversidades que podem surgir na viagem.
- Se o seu filho não dorme bem com barulho, vôo diurno permite que ele ainda assim tenha uma noite boa de sono quando chegar da viagem. Isso evita uma criança de mal humor depois e ajuda o bebê a entrar mais rapidamente em uma rotininha durante as férias da família.
- Em vôo noturno mesmo que seu bebê durma bem, você provavelmente dormirá muito pouco. Caso opte pelo vôo diurno, você tem mais chance de dormir a noite inteira (ou mais horas consecutivas pelo menos), com um sono de melhor qualidade do que em um vôo noturno.
Apesar dessas vantagens, para a minha família em especial, vôo noturno quase sempre é a melhor alternativa por causa (e eu sei que estou sendo repetitiva, mas é verdade) das nossas características pessoais. Eu consigo ficar muitas horas acordadas numa boa desde que eu tenha distração (juro! A Bia já me disse que minha capacidade de ficar horas acordada é um fenômeno da natureza. Mas estou tomando meu quarto café do dia, e vocês?). A Julia dorme muito bem no meu colo apesar de já estar quase grande demais para ele- no fim a gente dá um jeito e ela se aninha super bem mesmo assim.
Pessoalmente, eu me sinto menos exausta de passar uma noite em claro assistindo filmes que provavelmente eu queria assistir há milênios e não tive tempo, do que tentando convencer a Julia a parar quieta durante um vôo diurno. É quase como se a noite em claro fosse a chance de tirar um tempo para mim, para ficar em dia com minhas séries, para ver filme, para ler um livro. Quando dá tudo certo, eu realmente gosto desse tempo no avião.
Resumindo, um vôo noturno pode ser a melhor opção para você se:
- Se o seu bebê já dormir bem a noite inteira e não se incomodar com o barulho.
- Se você não se incomodar em ter uma noite mal dormida (ou sem dormir) em favor de uma viagem tranquila.
- Se você estiver viajando com alguém que possa ficar com o bebê ao chegar para que você possa tirar pelo menos um cochilo rápido para aguentar o resto do dia. Em geral eu posso ser encontrada dormindo toda encolhida como um tatu bola gigante, em um sofá de alguma sala VIP ou próximo ao meu portão de embarque no aeroporto em Miami (onde a gente mais faz escala) enquanto o Felipe distrai a Julia um pouco.
- Se você tiver consciência de que você não vai poder chegar e recuperar o sono perdido de uma vez só. Pelo menos aqui em geral eu durmo uma horinha quando a gente chega no máximo, enquanto o Felipe fica com a Julia. Depois eu aguento as pontas para não trocar o dia pela noite.
A nossa primeira viagem com a Julia foi um vôo noturno de executiva e eu estava super preocupada dela chorar o vôo todo apesar dela já dormir a noite inteira nessa época. No fim das contas ela dormiu mamando na hora da decolagem e acordou meia hora antes do pouso. Como ela era bem pequena, a gente deixou ela dormindo em uma caminha portátil (uma dessas bolsas que viram bercinho) e ficamos revezando quem dormia e quem monitorava a Julia. Melhor vôo! Caso queira uma dessas bolsas, só fique atento às especificações para garantir que:
- Ela é grande o suficiente para caber o seu bebê
- Ela é pequena o suficiente para caber no espaço que você terá no avião.
A fase mais difícil de viajar com ela a noite foi quando ela começou a perceber mais os sons e querer interagir com tudo e com todos. Foi quando ela tinha 8 meses e eu até contei um pouco dessa viagem no diário de bordo do cruzeiro da Disney de 7 noites pelo Caribe. Ela mesmo dormia super bem, mas cada vez que uma criança acordava chorando, a Julia acordava também, tirava a chupeta para falar “nenê” me contando tudo que estava acontecendo. Depois que passou essa fase, os vôos noturnos voltaram a ser ótimos para nossa família.
Vôo direto vs vôo com escala
Aqui acho que vai variar muito de acordo com a sua rota e seu bebê, mas pela minha experiência, a Julia, em condições favoráveis aguenta bem umas 8-9 horas no avião, depois já começa a ficar mais sem paciência. Se seu bebê for parecido com ela, vôo direto é uma boa alternativa para quem sai de cidades que vão ter mais ou menos esta duração de vôo até o destino final. E ainda assim, se prepare para lidar com a criança sem paciência na fila da imigração onde as opções de entretenimento serão mais escassas do que no avião.
Nas minhas viagens de vôo direto com a Julia, o chato mesmo sempre foi a fila da imigração. Foi inclusive a única vez que ela deu um chilique federal mesmo (tirando o caso do Starbucks que eu contei antes). Foi depois de um vôo diurno em que ela se comportou super bem, mas já estava exausta. Na fila da imigração ela começou a ter fome, sono, ficou entediada e começou aquele drama. Eu só sei que em um dado momento eu estava empurrando o carrinho vazio com uma mão, segurando a Julia no colo com a outra mão e segurando uma mamadeira pra ela com a BOCHECHA. Isso tudo enquanto a Bia levava a minha mala de mão e a dela. Foi só a gente passar pela imigração que ela tirou um cochilinho enquanto a gente esperava as malas.
Aguentar um chilique nos 45 do segundo tempo não é nenhum fim de mundo porque você já sabe que a sua maratona da viagem está acabando e isso te dá uma força psicológica para aguentar mais um pouco. Ainda assim, apesar de ser MUITO bom já chegar direto no seu destino , uma escala já próxima do destino final (como uma parada em Miami para quem vai para Orlando) acaba sendo um bom respiro – pelo menos pra gente sempre é uma alternativa que funciona bem, em especial quando a gente viaja durante o dia.
Vôo de executiva vs econômica
Um dos benefícios de viajar tanto quanto a gente viaja (em especial o Felipe no trabalho dele) é ter bom status nas companhias aéreas. Talvez a gente não fosse comprar passagem executiva de cara com um bebê de colo, mas quando a Julia nasceu, o Felipe era status Executive Platinum na American Airlines e tinha direito a 8 upgrades gratuitos para gastar. ATÉ PARECE que a gente ia abrir mão de um brinde ótimo desses, né? Então a Julia já começou viajando de executiva e a nossa experiência foi bem diferente do que eu esperava.
Quando a Juju era pequena e já dormia bem a noite (inclusive no avião), viajar de executiva era sensacional. Permitia que tanto ela como a gente dormisse legal como eu expliquei antes. A gente aproveitou a cadeira que reclinava até virar uma caminha para apoiar a bolsa da Juju que (virava um bercinho de viagem) e funcionava super bem.
Já quando ela ficou um pouco mais velha, continuou dormindo bem de executiva mas só no meu colo. Ou seja, eu passei a não dormir mais no avião. Como dormir bem é o único benefício relevante da classe executiva para mim (já que dificilmente eu como comida de avião em qualquer classe), essa alternativa parou de fazer sentido quando eu parei de conseguir dormir.
Se você quiser viajar com um bebê de executiva, vale destacar: aqueles bercinhos que você vê as vezes na primeira fileira da classe econômica só são oferecidos mesmo na classe econômica. Pelo menos nas companhias aéreas que perguntamos, nenhuma oferecia bercinho para classe executiva. Apesar disso, aqueles bercinhos são para crianças muito levinhas então nunca foi algo que a gente super contou na vida (a Julia não foi levinha nem enquanto feto, que dirá depois que nasceu! haha).
O mais legal de viajar de econômica com bebê para Orlando (além do preço, óbvio), é que dificilmente você estará sozinho. O vôo provavelmente terá outros pais com bebês, com crianças pequenas, com crianças maiores e bagunceiras. Ou seja, a bagunça é coletiva, não é culpa do seu bebê.
Ah! Outra coisa caso você esteja pensando na executiva: pode ter sim alguém olhando feio para você com um bebê. Na primeira viagem da Julia tinha um senhor olhando feio pra ela o tempo todo e eu estava quase duelando com ele através do olhar. Eu parecia mesmo uma onça brava protegendo a cria, sério. Ficava olhando só esperando ele falar alguma coisa toda vez que ele me encarava. Resultado: enquanto encarava a gente, esse cara derrubou uma bandeja de comida, sujou uma galera (até manchou o cobertor da Julia), ele causou abrindo e fechando o bagageiro umas duzentas vezes e foi o transtorno da classe executiva. Já a Julia, com seus 4 meses, dormiu o vôo todo e foi até elogiada por uma galera.
Apesar de ter uma ou outra pessoa que podem reclamar, fazer comentários e achar ruim, 90% das pessoas que eu encontrei viajando com bebês foram super legais, atenciosas e dispostas a me ajudar (em especial quando viajei só eu e a Julia).
Vôo com o bebê no colo ou assento próprio?
Bebês de até 2 anos podem viajar no colo dos pais, mas como a Julia é grandinha e já sabe andar e correr pra lá e pra cá, a gente prefere pegar uma cadeira para ela também quando a gente faz um vôo mais longo (na econômica, óbvio). Ela acaba ficando no colo mesmo, mas a gente usa este espaço extra para largar os brinquedos dela, estica-la depois que ela dorme e até deixar ela ficar andando um pouco entre nossas cadeiras. Se o orçamento permitir, é um espacinho que faz a diferença – em especial quando você viaja sozinha com o bebê e fica mais atrapalhada para arrumar as coisas.
Se não der, também não é nenhum fim de mundo. As vezes que viajamos apenas em dois assentos exigiram uma organização um pouco maior do espaço, tivemos um pouco menos de conforto, mas ficou tudo bem. Ah! Quando a gente viaja com uma galera, eu também nem compro assento pra Julia porque eu e ela somos folgadas: ela se estica nos parentes pra dormir deitadona e eu vou pedindo ajuda para guardar as coisas dela.
Ah! Tem gente que gosta de levar a cadeirinha do carro pra deixar o bebê no próprio assento no vôo. Entendo o benefício, mas pra gente nunca foi uma opção que fez sentido, especialmente porque acho a cadeirinha do carro um trambolho grande demais pra levar no avião, então prefiro que ela more no carro mesmo.
Bebê paga a passagem?
Essa é uma pergunta comum que com certeza vai ter peso na sua decisão entre levar o bebê no colo ou em assento próprio. Se o bebê tiver assento próprio, vai pagar uma tarifa só um pouco menor do que a de um adulto. Se o seu bebê for no colo, ele deve pagar um valor BEM menor, mas ainda paga alguma coisa.
Em vôos nacionais, a gente nunca paga nada com a Julia no colo mas para vôos internacionais, sempre nos cobraram a taxa de embarque, então vale checar a política da sua companhia aérea.
Importante: caso opte por levar o bebê no seu colo e você não coloque essa informação com todos os detalhes durante a sua compra da sua passagem, é importante ligar para a companhia aérea antes da data do vôo para avisar do bebê e permitir que ele seja incluído na sua reserva.
Alimentação
Se o seu bebê só mamar no peito, tá fácil. Minha dica para a mamãe da família: pense na sua roupa de uma forma que facilite a amamentação e te dê conforto no avião. Caso você seja uma mãe mais inibida para amamentar em público, você pode usar uma daqueles panos que fazem tipo uma cabaninha e te permitem amamentar em público, mas eu mesma nunca me dei bem com isso, fico toda desajeitada.
O que eu fazia nessa fase era usar uma blusinha tipo segunda pele mais grudada no corpo e uma blusa mais larga por cima. Assim, na hora de dar de mamar para a Julia eu levantava a minha blusa mais larga mas ficava com o corpo coberto pela segunda pele. Como essas blusinhas de baixo são mais elásticas, dava tranquilo para eu tirar o peito e amamenta-la com uma privacidade satisfatória.
De novo: tem muita mãe que não liga para essa privacidade e eu acho que essa é uma decisão exclusiva de cada mulher. Não tem certo ou errado e ninguém além de você e seu filho tem nada a ver com este momento. Ainda assim, eu sou o tipo de mãe mais tímida e gostei de manter uma privacidade assim.
Se o seu bebê mamar na mamadeira ou já comer, saiba que você pode levar leite em pó para preparar as mamadeiras dele no avião e também não tem problema embarcar trazendo papinha de bebê. Você pode levar tanto papinha caseira em pote térmico como papinha fechada, dessas industrializadas. Muita gente acha que vai ser barrado na segurança, mas não é, desde que você leve uma quantidade compatível com o tempo de vôo.
Na hora de passar pela inspeção de bagagem, separe tudo que é do bebê em uma cestinha, pois eles vão querer olhar, mas vão te permitir carregar todas estas coisas se você estiver com uma criança de colo.
Ah! Você não pode levar frutas na sua mala de mão, pois vai ser barrada na segurança, mas dá para comprar algumas frutas já na área de embarque (e jogar qualquer sobra fora antes de desembarcar). Eu sempre arrumo umas duas bananas para qualquer fome fora de hora que a Julia venha a ter durante o vôo. É a fruta preferida dela e a mais fácil de ter em viagem.
Para facilitar a hora da mamadeira no vôo e ocupar menos espaço na minha mala de mão, eu sempre me programo da seguinte forma:
- Primeiro eu faço as contas de quantas mamaeiras a Julia vai tomar entre eu sair de casa e eu chegar no hotel.
- Eu já deixo todas as mamadeiras com o leite em pó dentro, fechadinhas. Os bicos de mamadeira eu sempre embalo em papel filme para ficarem bem protegidos, caso resolvam mexer na minha mala de mão. Eu morria de vontade de oferecer um alcool gel pro cara da polícia federal que ia mexer nas coisas da Julia quando ela era pequena, mas né? Tive que me segurar.
- Além das mamadeiras com o leite em pó, sempre levo uma a mais para medir a água na hora de preparar o mama. Pode usar a mamadeira de água da criança se não quiser levar uma a mais. Daí, eu sempre misturo água quente e um pouco de agua fria, até deixar na temperatura legal para a Julia mamar. A água quente eu sempre pego no próprio avião ou no Starbucks (se estiver no aeroporto), mas você pode levar em uma garrafa térmica com água quente se quiser.
- Eu levo as mamadeiras em um saquinho e levo mais um saquinho para colocar as mamadeiras sujas. Pode ser um saquinho de pano ou um ziplok mesmo. Aliás, eu sempre levo ziplok porque eita coisinha que pode ser útil! Você nunca sabe quando vai precisar de um.
As comidinhas da Julia eu levo em potinhos térmicos como esses, mas mantém quente por umas 5 horas só. A Julia não come papinha industrializada por nada nessa vida – não por convicção minha, mas dela mesmo. Em casa eu faço todas as comidinhas dela e acho que acabei a deixando meio mal acostumada. =/
Quando eu tentava dar papinha industrializada (e eu já tentei muitas vezes) ela fazia greve de fome. Já tentei diferentes sabores e marcas, mas o mais fácil pra mim na fase das papinhas foi ir pra cozinha. Por isso no avião, sempre tive os potinhos térmicos, a banana e as mamadeiras. Se você levar papinha industrializada, saiba apenas que você não pode contar que alguém vai esquenta-la pra você no avião. Talvez você consiga descolar um microondas em alguma sala VIP ou consiga convencer algum comissário de bordo a esquentar a papinha pra você, mas vai de sorte mesmo. Eu mesma nunca vi ninguém esquentando comida de bebê (se você já conseguiu essa proeza, conta pra gente nos comentários) então não conte com issop.
Troca de Fralda
Você vai ter que trocar o seu bebê várias vezes desde o aeroporto até você chegar no seu hotel. Para não fazer uma bagunça na mala de mão/bolsa do bebê toda vez que você for trocar uma fralda, a melhor coisa é ter uma bolsinha com o kit completo para a troca do bebê. No nosso kit temos:
- Muitas fraldas
- Pomada para evitar assaduras
- Lencinho de bumbum, em geral optamos por tamanho de viagem, mas par aum vôo longo até que vale a pena o tamanho normal também.
- Trocador padrão da Julia
- Trocadores descartáveis: banheiro de avião e aeroporto são muitas vezes meio sujos. Então eu gosto sempre compro esses trocadores descartáveis para usar antes de colocar o trocador da Juju.
- Saquinhos de fralda: são saquinhos cheirosos que neutralizam o cheiro da fralda do bebê.
- Se tiver espaço, coloco alguma besteirinha para a Julia ficar mexendo enquanto eu troco a fralda dela.
- Lysol lenço ou spray: se você for uma mãe ou um pai mais neurótico ou tiver um bebê muito pequeno, pode gostar de levar este mini spray ou mini lenço para esterilizar os espaços que vai usar para trocar a criança.
- Troca de roupa: já deixo pelo menos uma roupinha junto das fraldas para qualquer emergência.
Outra dica para facilitar este processo e toda a sua experiência de vôo, é escolher roupas práticas e confortáveis para o bebê. Roupas que facilitem a troca de fralda, sem muitos enfeites ou camadas desnecessárias. Ah! Se o seu bebê estiver na fase que só mama, considere roupas que você não morra de amores, porque a gente bem sabe dos “acidentes” que acontecem com fralda transbordando nessa fase.
Dica: não é uma má idéia levar uma troca de roupa para os pais também, em especial se o bebê estiver na fase de regurgitar ou de fazer aqueles cocôs explosivos. A gente torce para que não aconteça nada, mas sabemos que pode sobrar pra você né? Eu já passei por isso e essa troca de roupa me salvou de um sufoco!
No aeroporto
Quando a gente planeja viajar com bebê sempre pensa no vôo em si, mas o tempo de espera no avião pré e pós viagem não é tão pequeno assim, ainda mais se você for fazer escala. Além disso, pensar na sua estratégia de aeroporto pode te fazer ter um vôo mais tranquilo.
Nada de dormir!
Eu gosto de deixar a Julia dormir no carro antes de ir pro aeroporto mas a partir do momento que chegamos lá, tento manter ela acordada o tempo todo. Assim aumento minhas chances dela dormir logo no começo da viagem.
Por isso, no aeroporto eu deixo ela correr (quando tem ambientes controlados, tipo uma sala VIP com área pra criança ou algo parecido), levo ela pra comer um pãozinho (minha filha é igual eu e ama um carboidrato), interagimos com outras crianças, tudo é permitido aqui, menos dormir! Pense que se o seu filho dormir bem antes do vôo, ele deve acordar com a corda toda no começo da viagem, ter uma noite mal dormida depois (se for um vôo noturno), o que deve acarretar num dia inteiro de mal humor. Ou seja, vale a pena se desdobrar para mante-lo acordado no aeroporto, né??
Carrinho vs Canguru
Outro ponto importante da sua estratégia pré e pós vôo é como você pretende carregar o seu bebê. E isso pode fazer mais diferença no seu cansaço do que você imaginaria inicialmente. Aqui são os pontos que você deve considerar nessa escolha.
- Se você for viajar com carrinho de bebê, você poderá escolher despacha-lo junto com as suas malas ou ficar com ele até a hora do embarque, e só entregá-lo na porta do avião mesmo.
- Ficar com o carrinho é bom para poder usa-lo no aeroporto, mas tem um lado negativo: quando você chega no seu destino, terá que ficar com seu bebê no colo esperando trazerem o carrinho lá pra porta do avião. Se você tiver mais de um filho ou tiver um filho mais impaciente no pós vôo, isso pode ser bem chatinho. Para mim, o pior de tudo é que enquanto você espera o carrinho chegar, todos os outros passageiros vão chegar antes de você na fila da imigração, que é para mim a pior fila de todas para quem tem bebê. Talvez seja só aqui em casa mas acho muito difícil manter a Julia entretida e calminha nessa hora, então sempre corro para que este momento dure o mínimo possível.
- Ainda para quem quer viajar com o carrinho, existe uma terceira alternativa que eu gosto bastante: os carrinhos de viagem que cabem no bagageiro do avião. As opções mais famosas são o GB Pockit e o Yoyo Plus. Eu tenho um GB Pockit e amo de paixão (acho que amaria ainda mais o Yoyo que reclina, mas o Fe me convenceu a ficar com o GB pelo preço). Ele fica bem pequenininho e eu entro com ele no avião. Na hora de desembarcar, ele já está lá comigo, eu rapidinho coloco a Julia no carrinho e vou logo pra fila da imigração.
- Outra alternativa interessante é o bom e velho canguru. É uma ótima opção para quem tem bebê menorzinho (ou seja, mais levinho) ou pra quem viaja sozinho com o bebê (pois mantém suas mãos livres pra cuidar de todo o resto), mas se seu filho for maiorzinho eu daria preferência ao carrinho pra evitar chegar nos EUA com a coluna travada. A última vez que viajei de canguru com a Julia foi quando ela tinha 8 meses. Alguns meses depois, eu tive que botar colar cervical depois de carregar meu chumbinho um dia inteiro pelas ruas de SP, então aprendi minha lição de dosar o uso de canguru para a idade atual dela. 😛
A bolsa do bebê
A bolsa do bebê pode ser um trambolho que a gente está longe de amar carregar, mas ela é mais essencial do que nunca em uma viagem de avião. Seu bebê vai precisar de ainda mais espaço do que normalmente, então considere levar uma bolsa grande para as coisas deles. Para evitar que fique tudo embolado e você não encontre nada do que precisa bem naquela hora que seu bebê começou a chorar, o ideal aqui é separar tudo em pequenos compartimentos, bolsinhas ou saquinhos.
Aqui a gente tem uns saquinhos de pano bordados com o nome da Julia e acabamos usando todos eles para compartimentar a bolsa do bebê: um saquinho de chupeta limpa, um saquinho com troca de roupa, outro com brinquedos, outro com as mamadeiras ou comidinhas, e por aí vai. É lógico que você precisa saber identificar o que tem em cada compartimento, e se sua bolsa tiver divisórias que te ajude a separar cada coisa em seu lugar e evitar confusão, melhor ainda.
Aqui o principal que você vai precisar é:
- Itens de troca de fralda: serão muitas trocas até você chegar de fato no seu destino como eu já falei na parte sobre a troca da fralda.
- Brinquedos: essenciais para manter o bebê entretido. Cada criança tem um gosto diferente, mas entre os itens pequenos e divertidos que fazem mais sucesso aqui estão os livrinhos de história da Julia, giz e papel pra desenhar e adesivos. Além disso, eu sempre mostro foto das outras crianças que ela gosta (priminhos) e deixo ela mexer na minha bolsinha de maquiagem para distraí-la um pouco. Julia é apaixonada por creme hidratante. hehehe
- Tablet: recurso que ajuda bastante para a Julia desfocar do resto do barulho do avião e ver um desenho quieta até pegar no sono! Lembre-se que dá para baixar offline muitos desenhos do Netflix antecipadamente, já que no vôo não vai ter internet para fazer isso.
- Comidas e mamadeiras: também já falei isso em um tópico separado.
- Cobertor: a Julia nunca dorme de cobertor aqui em casa (desde menos de 2 meses ela chutava o cobertor pra longe e até hoje faz isso), mas no avião eu sempre deixo ela bem cobertinha porque faz muito frio.
- Chupetas: eu levo um monte porque a Julia suja várias ao longo do vôo e ela ainda é bem apegada as “pepês” (como ela chama) dela.
Dica: para garantir que a Julia vá se interessar pelos brinquedos e vídeos que eu estou levando pra ela, eu sempre tiro todos eles de circulação por alguns dias antes da viagem. Criança pode enjoar rápido das coisas então eu guardo todos os meus trunfos para a hora do vôo mesmo. Também não vale gastar suas munições já no aeroporto e ficar sem cartas na manga quando você realmente vai precisar, hein?
Dicas para o vôo – evitando dor de ouvido
Talvez você já tenha reparado que muitos bebês choram na hora do pouso e da decolagem do avião. A mudança na pressão que ocorre nestes processos pode dar uma dorzinha no ouvido do bebê, por isso muitos choram. Fazer com que o bebê esteja sugando algo (peito, mamadeira ou até chupeta) pode evitar que ele sinta essa dor. Por isso, eu sempre guardei o momento de dar o peito ou mamadeira (com leite ou até água) para essa hora. Se você estiver na fase de dar de mamar a cada tantas horas, pode já começar o dia se programando de acordo com o horário do seu vôo. E se os horários não baterem ou sua criança não mostrar interesse por peito/mamadeira, pode valer a pena tentar a chupeta (caso ele/ela chupem chupeta, claro).
Lembre-se de você também
Ah, como é fácil a gente focar no bebê e acabar esquecendo da gente, né? Mas hoje não vou deixar você fazer isso não. A viagem vai ser uma maratona pro bebê e pra você também, então ainda que o bebê esteja em primeiro lugar, você tem que lembrar de pequenas necessidades suas. As dicas aqui são:
Comidas fáceis
Tenha sempre alguma coisinha a mão caso você sinta fraqueza, em especial caso esteja amamentando. Se você for ficar acordado durante a noite ou se estiver sozinho, é mais importante ainda se forçar a comer alguma coisa para aguentar a viagem toda. Tente comer antes do avião alguma coisa, só pra garantir.
Se o bebê estiver agitado, pode ser que você não consiga fazer refeições com calma ao longo do vôo, então é sempre melhor já se garantir no aeroporto. Aliás, quando eu viajo sozinha com a Julia, aí mesmo que eu já me garanto antes do vôo porque acho uma complicação comer com ela no colo sem ajuda.
Cabeça é tudo
Se você ficar ansioso, seu bebê vai sentir isso na mesma hora e absorver sua ansiedade. Tente transmitir calma e manter o seu equilibrio. Tanto pelo bebê como principalmente por você! Lembre-se que são só algumas horas e que assim que você chegar, tudo terá valido a pena.
Não leve tudo (e todos) tão a sério
Se por fim tudo lhe falhar e o bebê começar a chorar, espernear, não fique preocupado com os outros. Todo mundo ali vai ter mais tempo do que você para descansar do vôo quando vocês chegarem. Além disso, eu sempre penso assim: se está ruim para quem está ouvindo o choro de bebê, muito pior está para o bebê que está chorando e pros seus pais que estão tentando descobrir o motivo do choro. Foque nas suas necessidades e do seu bebê. Faça o que estiver a seu alcance e se não der certo, não ache que isso é o fim do mundo! Quem se incomodar que alugue um jatinho particular da próxima vez. É o que eu sempre penso.
Estratégia pós vôo: dia tranquilo
Querer fazer mil planos no dia que você chega nunca é uma boa idéia mesmo que você viaje só entre adultos, imagina então quando tem um bebê na viagem? Tenha como objetivo chegar, descansar e criar um espaço que vai ser o seu apoio e do bebê durante a rotina da viagem. Faça ou compre comidinhas e frutas que precisar, monte o bercinho, espalhe os brinquedos e curta sua chegada, mas deixe programações mais cansativas para os próximos dias.
Dica extra: viajando sozinha com bebê
Viajar sozinho com um bebê é ainda mais cansativo e desafiador, porque você não tem ninguém mais pra deixar a criança, nem quando você vai fazer xixi. Então quero começar dando os parabéns para você, pai ou mãe de raça que vai encarar essa viagem! Seu bebê vai ser sempre o seu melhor companheirinho! Aqui vão alguns pontos que eu acho especialmente útil para quem vai viajar sozinho com seu pequeno:
- Durma bem na noite anterior: você não sabe se vai conseguir dormir direito no avião, então peça para alguém de sua confiança te ajudar com o bebê e garanta uma boa noite (ou até tarde dependendo da hora do seu vôo) de sono para aguentar as horas em claro depois.
- Entretenimento pra você também: não se esqueça de baixar algo no tablet pra você assistir, algo que te mantenha acordado durante todo o tempo que você vai precisar. Não adianta ser aquela série água com açucar que você ama mas dá sono.
- Peça pra alguém te acompanhar no aeroporto: depois que você passar da polícia federal e for para o portão de embarque, você terá que resolver tudo que você ou o bebê precisarem sozinho/sozinha. Ter alguém para te ajudar com as pequenas coisas enquanto for possível, faz com que você guarde sua energia para os momentos que você realmente vai precisar dela. Acredite, eu nunca dei valor tão grande ao simples ato de deixar o bebê no colo de alguém pra ir fazer xixi, como depois de viajar sozinha com a Julia.
- Bagagens estratégicas: se você não for ter ninguém te esperando quando chegar no seu destino, tente viajar com pouca bagagem ou já contrate ajuda antecipadamente. Evite a preocupação de não conseguir carregar criança, carrinho e suas bagagens ao mesmo tempo. A gente tenta se desdobrar em mil, mas você continua sendo um (ou uma) só.
Ufa! Essas são as dicas que eu tenho para dividir com você e espero que ajude a tornar sua viagem com bebês uma experiência deliciosa e tranquila. E se você tiver alguma dica adicional para dividir com a gente, conte aqui nos comentários que vou adorar saber (e botar em prática com a Julia também).