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Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind – tudo sobre a nova montanha-russa do Epcot

Vocês estão preparados pra falar de uma das melhores atrações que a Disney já fez? Pois quem não tá preparado, é bom já ir se preparando! A montanha-russa de Guardiões da Galáxia chegou no Epcot e mesmo com o peso de ser a primeira montanha-russa desse parque e primeira atração de Marvel no Walt Disney World, ela ainda conseguiu superar todas as minhas expectativas.

Depois de muitos meses de funcionamento e muitas visitas à Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind eu sigo completamente maravilhada! É claro que logo que a conheci, já vim correndo aqui contar tudo pra vocês, mas como sempre aqui no VPD, não se preocupe que este post não tem spoilers já que não quero estragar a experiência incrível de visitar essa atração para ninguém. 

A atração de Guardiões da Galáxia, chamada Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind, é uma montanha-russa de storytelling, ou seja, que conta uma história ao longo do seu percurso. A Disney levou essa a narrativa proposta super a sério e desde o segundo que você entra na fila, já começa a ser inserido na história. Toda a atração é super moderna e imersiva, até mesmo a fila, que é cheia de detalhes legais para os fãs de Guardiões da Galáxia e quem é Epcot raiz, já que tem pequenas referências à história do parque e algumas de suas atrações mais antigas. 

Foto da fachada da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind. Há uma nave preta e amarela em frente, e do lado esquerdo ao fundo dá pra ver a bola do Epcot e o trilho do Monorail.
Finalmente chegou a hora de conhecer essa montanha-russa tão esperada!

Outro fator super legal é que ela usa de uma tecnologia moderna e tem um carrinho super diferente, capaz de virar para todos os lados. Hora você está em um carrinho de montanha-russa andando em alta velocidade, hora você está de frente pra tela e ao lado de quem antes estava na sua frente. É muito doido, mas muuuuuito legal. Apesar disso, o carrinho tem movimentos super suaves e não dá trancos como outras montanhas-russas. 

Ela não fica girando loucamente o tempo todo, mas ela se movimenta te permitindo virar 360 graus (mesmo que não dê a volta toda de uma vez só o tempo todo) e ter uma interação diferente com a atração, misturando o movimento da montanha-russa com telas super modernas que te fazem se sentir no espaço e junto dos personagens. Pra ficar ainda melhor, junto de tudo isso tem também a música tocando o tempo todo, enquanto os personagens de vez em quando falam alguma coisa também. 

Foto da área de embarque da montanha-russa Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind. Os carrinhos são azuis e amarelos e há pessoas sentadas. As paredes possuem detalhes em vermelho.
Esse carrinho se movimenta de forma parecida ao de atrações como a Haunted Mansion, mas dentro de uma montanha-russa

Falando sobre as músicas, quem assistiu Guardiões da Galáxia sabe que a trilha sonora meio anos 70 é parte muito característica do filme e por isso, a inclusão delas na atração foi muito bem vinda, deixando a Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind não só mais tematizada, mas também mais divertida. É muito mais legal estar numa montanha-russa quando tem música alta tocando junto! Aqui são 6 possibilidades de músicas e você não consegue escolher qual você vai ouvir. A seleção é aleatória e cada vez que você visita essa atração, pode ter uma música diferente. As músicas disponíveis são:

  • “September”, Earth, Wind & Fire
  • “Disco Inferno”, The Trammps
  • “Conga”, Gloria Estefan
  • “Everybody Wants to Rule the World”, Tears for Fears
  • “I Ran”, A Flock of Seagulls
  • “One Way or Another”, Blondie

Essa atração foi inicialmente anunciada em 2017, ou seja, tivemos que esperar longos 5 anos pra vê-la pronta em 2022, mas valeu a pena! Quem acompanha o VPD sabe que eu não passo a mão na cabeça da Disney mas dessa vez ela conseguiu acertar em todos os aspectos da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind: é moderna, é imersiva, é radical sem passar do ponto, surpreendente e super divertida. Fazia muito tempo que eu não ficava tão impactada com uma atração assim. 

A história da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind

Pra aproveitar melhor sua experiência na Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind, é legal entender a história que faz pano de fundo para essa atração. A ideia aqui é que este espaço é o primeiro pavilhão do Epcot a trazer um outro planeta (em vez de outro país). Ou seja, é uma continuação do World Showcase para apresentar Xandar (do primeiro filme dos Guardiões da Galáxia) para as pessoas do Epcot e inclusive nos levar até Xandar com a ajuda de um “Cosmic Generator” (algo como “gerador cósmico”). Só que no meio do caminho, o Cosmic Generator é roubado e nós, junto com os Guardiões da Galáxia, temos que ajudar a recuperá-lo para nos salvar e salvar a galáxia. 

No meio disso tudo, os personagens queridos de Guardiões da Galáxia estão todos ali, inclusive conversando com você dentro da montanha-russa e não só no pré-show. Também aparecem por ali a Nova Prime, capitã da Nova Corp interpretada por Glenn Close no primeiro Guardiões da Galáxia; e o Centurion Tal Marik, um personagem criado para o brinquedo e interpretado pelo sempre maravilhoso Terry Crews, que é um comandante da Nova Corp (tipo uma força militar de Xandar).

Foto de uma área da fila em que os personagens Peter Quill e Drax são entrevistados em um talk show. A entrevistadora está do lado esquerdo e os dois do lado direito, com a Terra de fundo.
Os personagens de Guardiões da Galáxia e suas piadinhas características aparecem desde a fila até a atração mesmo!

Entendendo isso, mesmo quem não gosta de Marvel pode curtir a narrativa que acompanha essa montanha-russa, mas pra quem gosta dos Guardiões da Galáxia, fica ainda mais especial ter a presença dos personagens por ali com todos aqueles toques cômicos tão característico dos filmes. 

Ela é muito radical?

É uma montanha-russa, então não dá pra dizer que é exatamente um passeio no carrossel, mas ela não é das mais radicais não. Na verdade, por ter tanta coisa acontecendo, a gente mal para pra pensar no movimento da montanha-russa mesmo.

O maior ponto de atenção aqui é com o fato dela virar de um lado pro outro, o que pode ser incômodo pra quem é mais sensível à movimentação. Eu não senti nada, mas vi algumas pessoas saindo um pouco baqueadas por conta disso. A Disney não ia investir nesse carrinho todo modernoso pra não usar depois, né? Essas viradas pra lá e pra cá em determinados momentos do percurso acabam deixando algumas pessoas com um pouco de náusea, mas não foi o meu caso. Realmente vai de cada um, mas de qualquer forma, fica o alerta aqui. Se você achar que pode passar mal, de repente vale tomar um remédio pra enjoo (que não dê sono) um pouco antes pra evitar que isso afete seu dia no parque.

Foto dos carrinhos da montanha-russa da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind.
Essa não é daquelas montanhas-russas cheias de trancos, sabe? O movimento é bem suave!

Assim, acho que eu evitaria ir nessa montanha russa depois de comer várias comidinhas pelo World Showcase, mas só. Não é algo super forte como Mission: Space, como outras montanhas-russas ou como a atração mais radical da Disney para um jovem adulto, na minha opinião – a xícara do Magic Kingdom.

Ela não tem looping nem quedas absurdas. Tem velocidade como toda montanha-russa, mas nada fora da curva. A verdade é que o carrinho é tão suave e sem trancos e tem tanta coisa acontecendo, que você não sente a mesma adrenalina de outras montanhas-russas. O sentimento é outro, talvez de encantamento? Nem sei dizer ainda!  

É indicada pra crianças?

Acho que cada criança é diferente né? A Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind aceita crianças a partir de 107cm e eu vi muitas visitando esse brinquedo e saindo bem felizes. Apesar disso, a Julia (minha filha) por exemplo apesar de adorar algumas montanhas-russas mais leves, acho que ainda não curtiria essa daqui.

No fundo não é só a altura, mas o seu conhecimento sobre a criança que vai definir se ela vai ou não curtir essa atração, levando em conta que tem movimento, momentos escuros e que você se sente imerso em um cenário espacial. Eu estava conversando com um leitor sobre isso lá no Instagram e acho que ele deu a solução simples e perfeita também: na dúvida, vou levar minhas filhas, se elas não gostarem é só não voltar. Achei perfeito, a gente também não precisa ter tanta neura né? 

É parecida com alguma outra atração?

Honestamente, acho que a Disney conseguiu criar uma experiência bem única na Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind. Ela é tão diferente de tudo que é até difícil explicar, mas acho que as comparações mais diretas são a Space Mountain (unicamente por ser uma montanha-russa no espaço) e Gringotts (por mesclar montanha-russa com a narrativa). 

Apesar da comparação com a Space Mountain ser quase inevitável, são experiências bem diferentes. A Space Mountain é uma montanha-russa bem mais brusca e cheia de trancos, além de não ser nem perto de tão imersiva quanto a Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind. É quase como se a Space Mountain fosse o primeiro rascunho e a Cosmic Rewind fosse a obra final mil vezes melhorada.

Foto da entrada da Space Mountain, com a placa em destaque.
A gente ama a Space Mountain, mas não dá nem pra comparar com a Cosmic Rewind!

Acho que a comparação mais justa é com a Escape from Gringotts mesmo, apesar de não ser uma equivalência perfeita, é o que mais se aproxima. Ainda aqui tem algumas diferenças importantes, como o carrinho mais moderno ou a presença de músicas na Cosmic Rewind, e da ação acontecer em todo o percurso através das telas e não só nos intervalos, como é em Gringotts. Também tem o fato de Gringotts ter um lado meio simulador, o que não ocorre aqui. 

Quer saber? Isso de ser tão difícil de explicar ou achar outra atração parecida é um ótimo sinal! É a comprovação de que a Disney conseguiu fazer algo completamente diferente do resto, com personalidade e capaz de nos surpreender. Então só vai lá, aproveite e depois me conte o que achou! 

Como eu tenho recebido muitas perguntas sobre como a Cosmic Rewind se compara com as outras montanhas russas da Disney, fiz essa listinha rápida:

  • Seven Dwarfs Mine Train: comparação meio complicada, me sinto comparando maçã com banana, sabe? Mas acho que a Cosmic Rewind é um pouco mais intensa, apesar de ter uma estrutura mais moderna, com menos trancos. 
  • Space Mountain: já comparei aí em cima. Consegue ser mais suave e melhor do que a Space em todos os critérios.
  • The Barnstormer: até me sinto mal de fazer essa comparação, viu? Essa é uma montanha-russa infantil então não tem muito a ver com a proposta da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind, que é sim mais intensa e mais elaborada em todos os aspectos.
  • Expedition Everest: são experiências bem diferentes, mas como um todo acho a Cosmic Rewind beeem mais tranquila.
  • Rock ‘n Roller Coaster: a Cosmic Rewind não tem looping nem a mesma velocidade, além de ser mais moderna. Ou seja, é bem menos radical e mais tranquila que a Rock ‘n Roller Coaster. 
  • Slinky Dog Dash: experiências diferentes mais uma vez, mas eu diria que tem níveis equivalentes de intensidade. A diferença é que a Cosmic rewind tem as viradas que podem dar mais náusea em algumas pessoas e a Slinky Dog Dash tem mais movimentos de “sobe e desce”.
Foto de dentro do pavilhão da nova-montanha-russa. Há pessoas na fila, ele está iluminado em tons de roxo e há um planetário bem no meio.
Conseguir um lugar pra conhecer essa atração vai ser concorrido

Como visitar a Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind?

Desde sua abertura, a Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind funciona com duas opções de acesso: fila virtual ou Lightning Lane. Explicando melhor:

  • Fila Virtual: você entra no aplicativo da Disney exatamente no segundo que a fila virtual abre (o que acontece duas vezes ao dia, às 7h e às 13h, como explicamos aqui) e reserva o lugar na fila da atração. Se você for hóspede dos hotéis de luxo da Disney, terá um horário adicional (às 18h) para agendar nos dias de Extended Evening Hours no Epcot. Ao fazer sua reserva, você receberá um grupo de embarque e quando chegar a vez do seu grupo, você terá um intervalo de tempo pra ir até a atração pra conhecê-la. Veja que a fila virtual é gratuita, mas tem capacidade limitada então você precisa ser rápido em fazer a sua reserva. E não se engane: você ainda deve encarar uma fila normal também, só que vai ser bem menor do que seria caso a fila virtual não existisse. Além de tudo isso, a Disney não garante que vai conseguir que todos os grupos sejam chamados. Eles fazem o possível, mas se a atração quebrar por exemplo, eles não se responsabilizam já que a reserva na fila virtual não é uma garantia.

    Importante: historicamente, as atrações que são lançadas com fila virtual geram muita polêmica e frustração porque nem todo mundo consegue reservar um lugar na fila. Para que você consiga ter sucesso, é super importante fazer sua reserva ASSIM que ela abrir. A disponibilidade da fila virtual pode se esgotar em segundos depois de abrir, então você precisa sim estar de plantão pra fazer a reserva no exato momento que ela abrir. Para ver o passo a passo de como entrar na fila virtual, clique aqui.
  • Lightning Lane: é a fila rápida, paga à parte, pra você visitar a atração uma vez sem espera, em horário agendado. Como os hóspedes da Disney tem acesso a esse recurso primeiro, em algumas datas, pode acontecer de não sobrar vaga nenhuma para quem se hospeda fora (mas normalmente sobra, viu?). Um detalhe importante: quem visita a atração pela fila de Lightning Lane, perde parte da experiência da fila. 
Não deixe de prestar atenção nos detalhes da fila – tem várias coisas legais pra quem é fã do Epcot

Conclusão sobre a Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind

A Disney cumpriu todos os quesitos do que eu espero de uma nova atração e no que depender de mim, já pode chamar os Imagineers responsáveis pela criação da Guardians of the Galaxy: Cosmic Rewind pra ensinar os demais como é que se faz uma nova atração de respeito! 

Mais do que isso, a nova montanha-russa de Guardiões da Galáxia me deixou muito feliz não só pela sua qualidade, mas porque ela é um exemplo da Disney voltando a dar atenção ao que faz ela ser reconhecida pela excelência: a atenção aos detalhes e à qualidade e o storytelling. Eles conseguiram juntar uma montanha-russa com uma narrativa sensacional, com personagens queridos e enaltecendo o parque. Não é só mais quedas ou mais loopings que definem o que é montanha-russa boa! Tudo aqui foi dosado perfeitamente do começo ao fim e o resultado é surreal. Ainda estou muito impressionada e completamente maravilhada com essa nova atração.  

Os Imagineers arrasaram nessa atração!

Com certeza é uma atração disputada na fila virtual e vai ficar com esperas gigantescas quando a fila normal substituir esse sistema (o que deve acontecer em algum momento), mas vale a pena! Fico feliz demais de ver o Epcot recebendo uma atração de tanto peso, complementando a já muito grande oferta de entretenimento desse parque que eu tanto amo.