Diário de Viagem: Cruzeiro Disney de 7 noites pelo Oeste do Caribe – dia 4
Esse post é a continuação do Diário de Viagem contando o quarto dia do nosso cruzeiro da Disney pelo Oeste do Caribe, a bordo do navio Disney Fantasy. Para ver a primeira parte da viagem, clique aqui.
Cruzeiro Disney de 7 noites para Oeste do Caribe
Dia 4
Depois do dia de chuva que pegamos em Cozumel, a torcida para um dia gostoso em Grand Cayman era dobrada. Para este porto, nós fechamos um passeio com a Disney então a gente tinha hora certinha para encontrar nossa excursão para sair do navio.
Acordamos as 8h30 e decidimos tomar um café da manhã a la carte no Royal Court, que apesar de ser a la carte, também já estava incluído no valor do cruzeiro. Muita gente nem pára pra ver as outras opções mas não é só o Cabana’s que serve café da manhã no navio não, viu?
A nossa idéia para esse café no Royal Court foi justamente buscar uma opção mais tranquila para essa manhã e deu super certo. O restaurante estava quase vazio, fomos atendidos com toda atenção do mundo e tomamos um café delicioso por lá. Para falar a verdade, foi um café tão tranquilo, que a gente entrou nesse ritmo e quando dei por mim já estava quase na hora do nosso encontro para a excursão.
Fiquei meio agoniada, olhando pro relógio o tempo todo, mas tentei disfarçar (sem sucesso) porque se o Felipe nota que eu estou aflita e acha que não tem motivo, ele vai dar um sorrisinho e fazer tudo bem devagar só pra me provocar. Uma vez ele demorou 25 MINUTOS pra comer o sanduíche do McDonalds só porque eu estava apressando ele, então você pode entender porque todos os meus movimentos foram friamente calculados ao longo dessa refeição.
É aquela coisa da vida de casado: ele sabia que eu tava aflita com a hora, eu sabia que ele sabia mas a gente não falava nada. Quando eu olhava para o relógio, ele dizia:
– Que foi? Tá tudo bem? – com maior sorriso provocador.
– Claro, tá gostoso seu prato, amor? – eu respondia querendo na verdade dizer ENGOLE LOGO ESSA COMIDA! hehehe
No fim, deu tudo certo (ok, Felipe estava certo, parabéns pra ele). Deu até tempo da gente voltar pro quarto para escovar os dentes e pegar nossas coisas (que já estavam todas na mochila), antes de descer até o Buena Vista Theatre, onde seria o nosso ponto de encontro para deixar o navio.
Chegando no Buena Vista Theatre fizemos check in para nosso passeio, nos deram um adesivo da Pocahontas que seria usado para identificar nosso grupo. Além dele, nós tínhamos o ingresso do passeio – que o Felipe perdeu em algum momento enquanto estávamos esperando o restante do grupo chegar, mas obvio que a gente só foi notar mais pra frente, né? Depois eu continuo essa história. Esperamos o restante do grupo e logo descemos do navio.
Em Grand Cayman o navio não consegue “estacionar” no porto porque não há uma estrutura para isso, então a gente precisou fazer o que chamam de tendering, que é praticamente uma baldeação marítima: saímos do navio da Disney para um barco menorzinho que nos levou até o porto mesmo.
Para quem tem qualquer receio sobre este processo, saiba que ele é super tranquilo. Você não tem que “pular” no barquinho como algumas pessoas pensam, é super estruturado. Sério, é mais fácil você cair na hora que for entrar no barco do Jungle Cruise ou Small World no Magic Kingdom do que nesse barco aqui!
Eu gosto quando é necessário fazer tendering porque acho uma delícia sair do navio da Disney ainda no mar, e do barco menor, avista-lo no oceano. Já falei duzentas vezes mas repito: o navio é maravilhoso demais! O dia não estava exatamente lindo, mas como o nosso passeio seria um pouco distante, estávamos todos otimistas de que ia dar praia!
Chegamos no porto e fomos com o nosso grupo para uma fila identificada pela figura da Pocahontas. Havia gente ali na fila do Hercules, da Rapunzel e do Pongo (do 101 Dalmatas) também. Cada personagem representava um grupo que estava ali para fazer um passeio diferente. O nosso nos levaria de ônibus até outro lugar, de onde faríamos um passeio de barco catamaran até o Rum Point, um parque com praia privativa. Ou seja, foram muitas conduções esse dia, pena que nenhuma oferecia pontuação em milhas!
Estávamos lá na fila quando começaram a perguntar dos ingressos pro passeio. Depois de 15 minutos em que eu e o Felipe tivemos aquela conversa “Eu deixei com você”/ “Não, eu deixei com você”; ele lembrou que estava com os tickets no colo quando saiu do teatro. Como ele também estava com a Julia no colo, na hora que levantou, esqueceu dos ingressos e eles devem ter caído no chão. Enfim, sem dramas: conversamos com uma funcionária da Disney que fez um ingresso no papel pra gente e ficou tudo certo. Recebemos também um papel que era o nosso vale refeição na praia, visto que o almoço já estava incluído no passeio.
O trajeto de barco durava uns 40 minutos e a Julia estava super agitada, querendo brincar, querendo ver o mar, querendo correr. Felipe foi dar uma volta com ela e eu fiquei conversando com uma senhora que achou a Julia o bebê mais adorável do mundo. Obviamente era uma mulher de muita sensatez e sabedoria, porque ela não poderia estar mais certa. 😉
Depois de elogiar a minha filha, é lógico que eu dei maior trela para a mulher, que me contou a vida toda dela, do marido e dos 5 filhos que não deram nenhum neto pra ela. Depois de saber o suficiente para escrever um post ou a biografia dela, fui dar uma volta com a Julia pelo barco também. Ela não é muito fã de sol na cara então a gente sabia que não tinha a menor chance dela ficar sentada quietinha até a gente chegar no Rum Point.
A boa notícia é que o tempo feio foi ficando mais perto do navio da Disney e mais longe da gente a cada minuto que passava. Quando chegamos no Rum Point estava um tempo bem bonito. Olhando aquele mar azul claro do Caribe enquanto estávamos no barco, não tinha como não pensar que a gente era realmente muito sortudo de poder viver tudo isso.
Quanto ao Rum Point, ainda vou escrever um post sobre isso para não me prolongar muito aqui, mas resumindo: achei legal, mas não também não penso em voltar tão cedo. Fomos para lá para fugir um pouco do agito da 7 Mile Beach, que seria o local mais próximo para curtir a praia. Como a gente estava com a Julia, as opções de passeio são mais limitadas, e a gente sempre busca ter alguma estrutura que receba bem bebês. Então nesse ponto o Rum Point nos atendeu bem.
O mar é muito bonito na região, mas a parte da praia que entramos mesmo não era muito impressionante não. De qualquer forma, a água era super calma e a temperatura estava ótima, deu pra gente aproveitar bem. Nós e os outros da excursão da Disney tínhamos uma área reservada com mesas, espreguiçadeiras e um buffet onde o almoço foi servido. O espaço ainda tem banheiro, lojinhas e outras lanchonetes pagas à parte.
Depois de aproveitar o mar e de almoçarmos, fui dar uma volta com a Julia pelo Rum Point e entrei na lojinha sem qualquer intenção de comprar alguma coisa: eu só queria aproveitar o ar condicionado do espaço mesmo, não vou negar. Essa foi a minha sorte, porque foi só eu entrar ali e começou a cair uma chuva torrencial, daquelas bem típicas do verão, sabe? Então continuei andando com ela pela lojinha sem pressa e depois de uns 10 minutos, chegou o Felipe ENSOPADO. Olhei pra ele sem entender o que ele tava fazendo ali e ele me disse:
– Não sabia onde vocês estavam, sai procurando. Vim resgatar vocês.
Fica aí a pergunta no ar: resgatar DE QUE? Nunca saberei. Mas bonitinho! O que vale é a intenção né, gente? Felipe pegou uma toalha na nossa mochila para se secar um pouco e fomos sentar na veranda da lojinha, onde descobrimos que tinha Wifi! O Felipe ficou vendo o whatsapp e mandando fotos pra nossa família, já que a internet do navio é muito cara. Enquanto isso, eu liguei desenho no YouTube para distrair a Julia, ver se ela resolvia dormir um pouco. Ah! Tem isso: desde do horário que a gente acordou (por volta de 8h30) essa menina não pregou mais o olho e estava toda feliz e animada! De onde ela tira essa energia toda, eu realmente não sei.
Quando a chuva diminuiu, já estava quase na hora de voltar para barco, então já fomos caminhando em direção ao pier para ver se já podíamos embarcar mais cedo. Assim, caso a chuva apertasse, a gente já estava protegido.
Não fomos os únicos com essa idéia e na verdade todo mundo estava no barco 10 minutos antes do horário, menos uma única família. Depois de esperar essa família um tempinho, finalmente começamos nosso caminho de retorno para o navio. Lembrando que seriam 3 conduções de novo: catamaran, ônibus e barco menor para o tendering.
Julia era a criança mais ligada no 220v no caminho de volta e ninguém acreditava que ela estava daquele jeito e acordada desde as 8h30 da manhã. Dava risadinha, queria brincar com as outras crianças (em geral capotadas no colo dos pais) e dava tchauzinho pra todo mundo. Chegando no navio, obviamente ela tomou banho e dormiu por 2h30. O que eu posso falar? Ela não ama muito sol não, mas adora praia! 🙂
No meio tempo o Felipe foi tirar umas fotos pelo navio e aproveitou para tomar um sorvete na Sweets on You, sorveteria paga à parte. Quando ele voltou, me trouxe um cupcake bem gostoso. Quando a Julia acordou, já estava próximo da hora do jantar, então assistimos o final do Rei Leão, que não tínhamos terminado na noite anterior e depois seguimos para o Animators Palate.
Não vou dar muitos detalhes para não estragar a experiência, mas essa foi a noite em que os desenhos que nós fizemos se tornaram animados nas telas do restaurante, no final da refeição. Logo que a gente chegou, o Chris, nosso garçom, trouxe os papéis para fazermos os desenhos junto de algumas canetas.
Eu comecei a fazer o meu dentro da minha limitação artística mas quando olhei pra frente, o Felipe estava todo detalhista com um desenho MUITO melhor. Não pensei duas vezes: peguei a caneta e escrevi “Julia” no meu primeiro desenho e comecei um segundo para entregar pro Chris no meu nome. Desculpa, filha!
A comida estava bem gostosa para nós adultos, em especial a sobremesa: um breadpudding de chocolate branco com sorvete de baunilha que estava sensacional. Já para Julia, foi uma luta fazer ela comer porque ela estava empolgada demais com as animações nas telas do restaurante.Ela não sabia para onde olhava, completamente maravilhada.
Pra completar, quando saímos do jantar, o Mickey estava tirando fotos no átrio do navio e atenção! Ele estava dançando – atenção de novo – Despacito! A gente até filmou e colocou no instagram do VPD porque certos momentos devem ser registrados.
Passamos por lá mas como a fila estava grande e a Julia com a corda toda, achamos melhor nem parar. Ainda assim, mostrei de novo o Mickey pra ela perto do começo da fila e ele mandou um beijo pra ela, que chacoalhou da cabeça aos pés de emoção. Foi perfeito porque, de perto, ela fica com uma cara de “Posso te ajudar em alguma coisa?” para os personagens, mas com esses dois metros de distância ela adorou o Mickey interagindo com ela.
Fomos gastar a energia da Julia nas lojinhas do navio e ela tentou aplicar o golpe do bichinho de pelúcia de novo, mas eu estava esperta. Caí no golpe no dia anterior quando ela pegou o Mickey e saiu andando com ele, mas nessa noite a vítima era o Teco e eu rapidinho já tirei da mão dela.
No meio do passeio, vimos a Cinderela e o Pateta que passaram bem do nosso ladinho e interagiram com a Julia enquanto estavam a caminho do seu ponto de encontro com os visitantes no navio. Cinderela fez bem mais sucesso e ela deu maior trela para a Julia, que ficou toda cheia de charminho pra ela! Demos sorte!
Antes de voltar pro quarto, como eu estava começando a ter dor de garganta, subimos até o Cabana’s para eu preparar um chá. Eu amo chás, mesmo no calor, e no navio da Disney eles tem uma seleção bem gostosa. Basta você escolher um dos sachês na caixinha que fica do lado da ilha de bebidas e pegar á agua quente para prepará-lo.
Depois disso, voltamos pro quarto exaustos para dormir. No dia seguinte, a viagem continuaria para o que seria provavelmente o meu dia preferido no navio. Mas não vou estragar contando aqui, né? 🙂
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