Diário de Viagem: Cruzeiro Disney de 7 noites pelo Alasca – dia 4
Hoje vou continuar o diário de viagem do nosso cruzeiro da Disney de 7 noites pelo Alasca, contando como foi o quarto dia dessa viagem, quando paramos em Skagway. Para ver o começo desse diário, clique aqui. E para saber mais sobre cruzeiros da Disney (para diferentes destinos), clique aqui.
Cruzeiro Disney de 7 noites no Alasca
Dia 4
Logo cedo, o navio parou no porto de Skagway, uma cidade mínima, com cerca de mil habitantes (apesar da população dobrar na temporada de turismo) que ganhou sua fama na época da corrida pelo ouro (explico melhor já já). Todos nós tínhamos intenção de passear pela cidade, mas só a Mon agendou uma excursão para esse dia.
Por causa da Julia, a gente decidiu fazer uma atividade mais tranquila: um passeio de trem bem tradicional de Skagway, que poderia ser facilmente comprado diretamente. Já a Mon, pesquisando pela internet, achou um passeio super bem avaliado reservado fora da Disney que já adianto: foi demais! Quero fazer mais um cruzeiro do Alasca só pra fazer esse passeio (ok, quero fazer de novo por outros motivos também! hahaha).
Como nós todos estávamos cansados, aproveitamos a manhã para dormir bastante, principalmente a Julia. Quando saímos do quarto, a Mon já estava na excursão dela e meus pais já estavam passeando por Skagway. Tomamos café sem pressa e descemos para encontrá-los. De cara, ao sair do barco, já vimos um castor e uma lontra ali do lado. Felipe até tentou tirar foto, mas se embananou na hora de pegar a máquina e não deu muito certo.
Continuamos nosso caminho até Skagway, que era tão pequena que mais parecia uma cidade cenográfica. O bom disso é que a gente nem precisou marcar ponto de encontro com meus pais. Andamos dois minutinhos na rua principal e logo avistamos eles por ali , cada um com uma sacolinha de compras na mão (porque esses dois não perdem tempo). Andamos mais um pouco pelas ruas, conhecendo Skagway e admirando sua decoração tão peculiar. Parecia que estávamos em uma área tematizada dentro de um parque da Disney. Como tudo ali vive em torno do turismo, a arquitetura de suas ruas principais ainda imita a época que da corrida do ouro, responsável pela fama do local.
Para explicar rapidinho, Skagway ganhou atenção quando foi encontrado ouro na região de Klondike, Yukon lá no Canadá. Por sua localização, Skagway se tornou um ponto interessante para as pessoas que queriam sair dos Estados Unidos e tentar a sorte na rota dura (cheia de neve e montanhas) até Yukon na busca pelo ouro. Hoje a pequena cidade é puramente turística, e vive na lembrança histórica da corrida pelo ouro.
Depois de andar um pouco por suas poucas ruas, fomos até a estação de trem comprar nossos bilhetes para fazer o passeio até Yukon, seguindo a rota do ouro. Compramos na hora para o trem das 12h45. Enquanto meu pai e o Felipe compravam nossos bilhetes, eu e minha mãe fazíamos companhia para a Julia que estava completamente apaixonada pela estátua de um urso na estação de trem. Ela AMA o desenho da Masha e o Urso então esse foi um encontro muito especial pra ela. Praticamente tão especial quando o encontro com o Mickey! hehe
Como a gente ainda tinha um tempinho antes do trem sair, fomos andar mais um pouco por Skagway (não que tivesse sobrado muito lugar pra visitar) e fomos achar algum lugar pra comer pizza. Não lembro se já falei isso em algum outro dia do diário de viagem, mas a Julia é meio difícil pra comer. Ela come super bem e gosta de comida saudável, mas quer comida boa, com bom tempero, de preferência feita em casa. Nem posso reclamar porque ela claramente puxou isso de mim. O importante é que dentro desse “paladar exigente” (como puxou de mim, vou dar esse nome bonito), a pizza acaba sendo uma das poucas coisas que ela come praticamente em qualquer lugar, então já saímos do navio com o plano de achar uma pizza razoável para ela enganar a fome.
Perguntamos para algumas pessoas locais, que nos indicaram um restaurante mexicano e italiano, para encontrar uma ótima pizza. Óbvio que nós, paulistas que somos, acostumados a julgar quem coloca qualquer coisa estranha na pizza ( melhor nem mencionar a polêmica do ketchup aqui, né? haha) já achamos super estranho um restaurante MEXICANO-ITALIANO. Entramos até achando engraçado, mas pagamos a língua porque a pizza era realmente ótima!
No fim, o restaurante foi ficando tão cheio, que a pizza demorou e saímos de lá quase na hora do trem. Eu e minha mãe que somos mais afobadas ficamos apressando meu pai e o Felipe, que logicamente, saíram do restaurante o mais devagar que eles conseguiram, só pra provocar a gente. Clássico do Felipe fazer isso!
Deu tempo da gente chegar na estação, e como o trem atrasou, precisei ficar inventando distrações para Julia na área interna (porque estava ventando muito) enquanto os demais esperavam o trem na área externa. A estátua do urso (que lembrou a Juju do amigo da Masha) foi a salvação essa hora!
O passeio de trem foi bonitinho e nos permitiu descobrir e ver várias curiosidades sobre a época da corrida do ouro. É o tipo de passeio que você aproveita mais se souber inglês, porque basicamente você vai passando pelos pontos sem descer do trem, e uma narradora com um microfone, vai explicando tudo para os passageiros. Juju dormiu no começo da viagem o que permitiu que a gente prestasse atenção na história e nas paisagens.
Lembra que eu falei que meus pais já tinham uma sacolinha de compras na mão quando nós os encontramos? Pois é, eles tinham comprado uma pipoca doce maravilhosa, que comemos durante o caminho. Foi basicamente assim: meu pai abriu a pipoca e minha mãe falou “Ney! A gente acabou de almoçar.”. Depois o Felipe pegou a pipoca e ela foi toda “Pega mais pipoca, Fe! Você adora, né? Essa é ótima”. Meu pai protestou, mas no fim ficou feliz com a liberação oficial da pipoca, e todos nós comemos um pouco. O passeio em si, não foi nada emocionante, mas foi bem interessante e passamos por umas paisagens maravilhosas. Da próxima vez, vou fazer o passeio da Mon, que vai ter post próprio aqui no blog, escrito por ela (que é a pessoa mais divertida que eu conheço, vocês vão ver!).
Quando retornamos, o vento estava bem forte então eu logo voltei com a Julia para o navio porque não queria que ela ficasse doente. Felipe ficou para trás para tirar umas fotos de Skagway e meus pais foram comprar alguma coisa (acho que foi mais pipoca!). No meu caminho de volta encontrei a Mon que começou a me contar como o passeio dela tinha sido INCRÍVEL, com uma guia fenomenal e com direito a encontro com vários animais. Mal posso esperar pelo post dele! Enfim, depois de me contar um pouco, a Mon voltou para cidade para encontrar meus pais e eu segui para o navio com a Julia para esperar o Felipe.
Brincamos bastante com ela, nos arrumamos e depois levamos a Julia para o quarto dos meus pais. Ontem, eles tinham tomado brunch no Palo (restaurante italiano só para adultos) e eu tinha ficado com a Juju, mas hoje, era minha vez de aproveitar o Palo! Eu e o Felipe reservamos um jantar lá, e meus pais ficaram de babás/avós babões um pouco.
Já contei sobre o Palo em outro diário de viagem e devo escrever um post sobre ele em algum momento, mas dá pra resumir em uma palavra: sensacional. Eu adoro esse restaurante e sempre que a gente tem a chance, reserva pelo menos uma refeição do cruzeiro ali.
Chegamos e o mesmo garçom que atendeu o Felipe no brunch, veio nos atender. Ele nos deu o cardápio (que a gente já conhecia bem) e nos deixou ali escolhendo enquanto ia buscar uma cestinha de pães. Pra mim é muito difícil jantar no Palo e não comer a polenta com cogumelos que eu tanto adoro. Esta era uma entrada que eu achava tão boa, que sempre queria como prato principal. Até que um belo dia, parece que o Palo leu meu pensamento e começou a servir a polenta como prato principal, em uma versão um pouco maior. Aí logicamente, eu que sou do contra, passei a ter vontade de comê-la como entrada.
– Será que dá pra eu pedir a polenta de entrada? – perguntei de coração aberto.
– Você tá brincando, né? – foi a resposta do Felipe que recapitulou comigo toda minha história com essa polenta. Até então eu nem tinha percebido que eu sempre queria a polenta diferente do que tinha no cardápio, mas gente, esse é o meu jeitinho nos restaurantes, ué!
No fim fiquei na dúvida entre alguns pratos, mas decidi pedir a polenta (de prato principal) mesmo e pedi um gnocchi de entrada- que já estava no cardápio de entradas, por mais entradas, por mais estranho que isso possa parecer! Já o Felipe, depois de também ficar em dúvida, pediu uma carne e uma salada caprese.
Estava tudo certo, até o garçom perguntar: “Vocês não querem mais um prato?”. E essa simples pergunta abriu uma série de possibilidades na nossa cabeça. A gente nunca está preparado pra um garçom perguntar de cara se você quer mais um prato, né? Eu olhei pro Felipe, que me olhou de volta e a gente praticamente teve uma conversa só no olhar ali. Depois de concluir nossa rápida conversa silenciosa, eu respondi o garçom: o risoto de cogumelos! Nós dois ficamos com vontade do risoto e na nossa casa, um bom risoto é sempre bem vindo!
Como sempre, a comida ali estava excelente desde os pães e petiscos de entrada até as sobremesas. Saímos de lá e voltamos para o nosso quarto. Meus pais e a Mon estavam com a Julia e a gente tinha jantado cedo para poder encontrá-los a tempo do nosso jantar rotacional, apenas para fazer companhia e ajudar a dar comida pra Juju. Acontece que jantamos tão cedo no Palo, que ainda faltava uns 40 minutos para a hora de encontrá-los. Pensamos por dois segundo em procurá-los, cuidar da Juju e tudo mais, mas….
– A Julia tá com eles no show de Frozen, a gente bem que podia descansar um pouco e fingir que ainda está no jantar, né? – a idéia foi do Felipe, mas eu adorei na mesma hora. Quem também tem filho pequeno entende aí o valor de um momento para realmente não fazer nada como esse, né?
Descansamos por uma meia hora e depois descemos para o jantar para encontrar o resto da família. Conversamos bastante enquanto eles comiam os pratos do menu especial de Frozen (que era lindo!). Nosso garçom auxiliar que era francês, trouxe uma cesta de pão francês com uma cara meio contrariada por nenhum pão ali era realmente francês, mas tudo bem. A gente sempre tirava sarro dele com essa história de pães da França.
No final do jantar, nós tivemos mais um momento de mágicas espetaculares com o nosso garçom principal, o Ryan. Saímos de lá, demos uma voltinha rápida pelo navio e já fomos para o quarto deixar todas as nossas coisas prontas para o dia seguinte, pois teríamos que acordar bem cedo (6h15) para o passeio mais esperado de todos: o passeio para ver baleias!
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