Diário de Viagem: Cruzeiro Disney de 7 noites pelo Alasca – dia 2
Essa é a continuação do diário de viagem contando como foi o dia a dia do nosso cruzeiro Disney de 7 noites pelo Alasca. Hoje vou contar do segundo dia da viagem. Se você quiser ver o diário de viagem do primeiro dia, é só clicar aqui. E se você quiser saber mais sobre como é um cruzeiro da Disney para o Alasca, clique aqui.
Cruzeiro Disney de 7 noites no Alasca
Dia 2
O nosso segundo dia de cruzeiro foi um dia em alto-mar, sem nenhuma parada. Eu amo dias de alto-mar e acho que todo cruzeiro deveria começar dessa forma. Assim todo mundo tem a chance de conhecer o navio com calma, conversar com a tripulação e realmente entrar no clima da viagem logo de cara.
Apesar desse ser o começo do merecido descanso, a verdade é que a nossa manhã não foi tão calma assim. Começamos a viagem com despertador ligado e hora pra acordar, pois tínhamos marcado um café da manhã com personagens da Disney. Já contei isso em outro diário de viagem, mas os cruzeiros de 7 noites ou mais da Disney trazem café da manhã com personagens em alguns dias, sem custo adicional, mas é necessário fazer sua reserva com antecedência pelo site da Disney Cruise.
Nessa viagem, os personagens que estavam no café da manhã eram diferente dos que a gente tinha visto no café equivalente no Disney Fantasy (no nosso cruzeiro pelo Caribe). Naquela ocasião, vimos o Mickey e personagens do Disney Junior (princesa Sofia, Dra. Brinquedos e pirata Jake). Dessa vez, estavam presentes alguns dos personagens mais clássicos da Disney que fazem um super sucesso com a Julia (com todo mundo, vai?): Mickey, Minnie, Pateta e Pluto.
A Julia está com pouco mais de um ano e meio, mas já vejo sinais dos famosos “terrible twos” em que a criança testa os limites. Hoje em dia se a gente pede praticamente qualquer coisa, ela responde “não” mesmo que ela obedeça em seguida. Se a gente pede beijo pra ela, o “não” é certo. Quer dizer, se EU peço um beijo né/ Porque com a Minnie, ahhhh aí é bem diferente. Quando a Minnie chegou na nossa mesa, ela sim ganhou um monte de beijos. rsrs
Comemos bem e depois minha irmã e minha mãe foram para uma trívia. A gente ainda não podia imaginar que seria um caminho sem volta, mas este foi o primeiro contato da Mon com o seu novo vício das trívias. O Felipe foi assistir uma palestra sobre as geleiras do Alasca, meu pai foi ver algum esporte na TV do quarto e eu fui passear com a Julia, pra deixar ela correr um pouco por aí.
Mais tarde almoçamos no Cabana’s todos juntos e depois o Felipe e eu fomos levar a Julia no Toddler Time. Os navios da Disney oferecem clubes infantis gratuitos para crianças acima de 3 anos, mas para as menores, só tem o berçário pago à parte, que muitas ainda não aceitam ficar bem (Julia, prazer). Para oferecer uma alternativa às famílias com bebês, a Disney faz os chamados Toddler Times, em que separam um espaço do navio para crianças pequenas e suas famílias brincarem.
Pela minha experiência, o Toddler Time varia bastante entre os 4 navios da Disney mas o Toddler Time do Wonder era em um espaço bem legal, no Promenade Lounge do navio, uma área que funciona como um bar e o mais importante – serve café! Fiquei ali tomando meu cafézinho e vendo a Julia brincar por um bom tempo. Eventualmente começou uma nova trivia nesse espaço e o Felipe se juntou ao resto da minha familia (todos reféns da Monica) para brincar.
Eu fiquei com a Juju na área do Toddler Time até o momento que ela começou a demonstrar sinais de cansaço. Como estava se divertindo demais, ela saiu de lá sob protestos – protestos brutos inclusive, parecia uma mini lutadora de muay thai em meus braços, então nem parei pra procurar o Felipe. Preferi subir direto com a Juju pro quarto, dei uma mamadeira e em 5 minutos ela capotou. Acordou um anjinho depois. hahaha Muitas emoções pra um dia só, né?
Enquanto a Julia dormia, eu descansei também, trabalhei, olhei as redes sociais…nada dela acordar. Eventualmente o Felipe voltou pro quarto e ficou com ela, porque eu tinha SPA! Há!
Se você já leu algum outro diário de viagem meu, sabe que eu sempre namoro o SPA da Disney mas na hora de marcar, me acovardo porque acho tudo muito caro. Dessa vez continuei com meu ritual de olhar os serviços e não agendar nada, mas o Felipe resolveu me dar de dia das mães uma massagem super legal por lá.
Sou tão desfamiliarizada com a vivência dos ricos e famosos de pele boa que frequentam SPA, que não sabia nem como me vestir e já aviso: a parte de não saber como se vestir foi só o começo tá? Este post contém humilhação ladeira abaixo e talvez mais detalhes do que você queira saber, mas já fica o alerta. Se você é dos ricos e famosos de pele boa que frequentam SPA, nada de me julgar hein? Dizem que julgar dá rugas e vai estragar a pele.
Falando sério, pensei muito se eu ia compartilhar só um pouco ou muito da minha experiência que foi digamos assim, bem do meu jeitinho de ser. No fim decidi que quero contar todos os detalhes mesmo os que me fazem passar vergonha, pois caso contrário este não seria meu diário de viagens. E como eu quero ter esse diário como lembrança da viagem, resolvi que posso passar pro cima do meu amor próprio um pouquinho.
Bom, fiquei uns 20 minutos nesse dilema de como me vestir pro SPA e realmente não tinha nem idéia. Coloco bíquini? Mandei mensagem pra Mon, mandei mensagem pra Bia. As duas deram respostas diferentes e minha dúvida continuou, até que pensei: bom se tivesse que colocar alguma roupa especial eles avisariam né? Ah, vou assim mesmo. Se eu passar vergonha, faço uma pose de que não tenho tempo pra isso (fica aí minha dica pros coleguinhas da humilhação em ambientes públicos: quando você não sabe como se portar ou agir em um lugar, faz cara de “eu não tenho tempo pra essas coisas”, mesmo que você tenha todo tempo do mundo. Resultados comprovam que você reduz a sua humilhação em 50% na mesma hora. De nada!)
Cheguei na recepção do SPA, falei que tinha uma massagem agendada e me deram um papel pra preencher. Obviamente olhei a roupa de todos da recepção e ufa! Eu não estava destoando nem nada. Preenchi o papel que me deram, tomei uma água com hortelã pra entrar no clima, e logo uma funcionária me chamou, junto com algumas mulheres que estavam na espera também. Ela nos levou até um vestiário, explicou como abrir e fechar o armário e deu um roupão pra cada uma de nós.
Fiquei esperando alguma instrução a mais, fiquei contando que alguém faria as perguntas antes de mim mas ninguém perguntou nada. E juro, eu realmente não sabia até que ponto era pra eu tirar minha roupa pra botar aquele roupão. Será que eu deveria ter vindo de bíquini? Não teve jeito, com jeitinho perguntei sem perguntar diretamente (outra dica ótima pra quando você não sabe direito o que tá fazendo. De nada de novo!).
– Moça, é pra gente tirar isso (apontei pra minha roupa sem entrar em detalhes no quanto eu tava querendo me referir quando disse “isso”) e botar esse roupão, certo?
A mulher entendeu minha dúvida e falou que era pra gente tirar toda a roupa mesmo, que se a gente se sentisse mais confortável podia ficar de calcinha (já adianto que eu fiquei, tá? Não quero compartilhar além da conta, mas também não quero deixar a questão pra imaginação). Então todo mundo botou roupão e ficou numa sala que tinha uma sauna, algumas espreguiçadeiras aquecidas pra relaxar, um banquinho de madeira e um chuveiro. Tinha tanta mulher ali que fiquei de pé porque realmente não tinha nenhum lugar vago.
A mulher que estava no banquinho de madeira viu que eu estava de pé e se espremeu pro canto do banco pra eu sentar com ela. Não quis parecer mal educada e fui, né? Logo que eu sentei ela me mostrou uma revista e começou a falar que estavam dizendo que a Mariah Carey era bipolar. Falei “Nossa, é mesmo? Que coisa…” mas no fundo só pensava “moça, a gente tá quase pelada aqui e você vem me falar da bipolaridade da Mariah Carey?”. A sorte foi que nesse momento chegou uma funcionária do SPA me chamando. Era a MaryAnn, minha massagista.
Conversamos um pouco, porque ela queria me oferecer uma experiência personalizada. Perguntou da minha rotina, do meu nível de stress, onde eu tinha dores musculares e etc. Depois eu deitei e ela começou a massagem. Eu fiz um tratamento de 1h15 e foi uma experiência incrível. Lógico que os detalhes de como vai ser sua massagem ou tratamento vão variar de acordo com o serviço que você escolheu. Eu fiz a Thai Herbal Poultice Massage porque o Felipe achava que eu estava tensa (e estava mesmo).
Foi muito bom, mais legal do que eu imaginava. Ainda vou fazer um post só sobre o SPA no futuro, contando em mais detalhes do que aqui no diário de viagem.
Lógico que cada produto que passaram em mim ali, tentaram me vender depois. Eu já sabia que seria assim mas nem por isso deixei de comprar um creminho, né? Eles são muito bons em te vender as coisas, acabei me deixando levar.
Tomei banho no SPA mesmo (porque não sou boba e os produtos lá são ótimos) e voltei pro quarto pra me arrumar para a noite formal no navio. Felipe a essa altura já tinha se arrumado, arrumado a Julia e tinham descido para ver o Golden Mickey’s. Como eu já vi esse show algumas vezes, aproveitei a deixa para me arrumar com calma.
Quando o show acabou, eles me encontraram no quarto e descemos todos juntos para jantar. Tiramos umas fotos arrumadinhos e desenvolvi uma nova estratégia para fazer a Julia sorrir para fotos.Se eu peço pra ela sorrir, ela faz bico, mas descobri que se eu peço pra ela mostrar os dentes, fica parecendo bem com um sorriso. Funciona que é uma beleza, fica a dica para as mamães de crianças nos terrible twos ou de crianças do contra mesmo. Vamos ver quanto tempo leva pra ela sacar meu truque.
O jantar foi no Triton’s, que é o restaurante com influencia francesa e o meu preferido do navio. Aqui o cardápio é um pouco diferente do que eu comi nos outros navios (ainda bem, né?), mas também era ótimo. O importante é que o soufflé de Grand Manier que eu amo estava no menu de sobremesas! =)
Se você já viu em outros posts sobre a minha fama de mudar os pratos dos restaurantes (e provavelmente sempre receber um cuspinho do chefe junto), te digo: recebo essa reputação mas eu sou amadora nessa prática. Profissional mesmo é meu pai! Ele pede entrada de prato principal, as vezes pede uma em vez de duas, as vezes pede 3 em vez de uma. E tá tudo certo! Amo cruzeiros por isso!
Todo mundo comeu super bem, e no fim da noite, O Ryan, nosso garçom, fez várias mágicas impressionantes, foi super divertido. Juro, ele devia ser mágico e não garçom porque eu raramente me impressiono com essas coisas, mas ele realmente é bem bom. A Julia já estava ficando com sono e acabou deitando no braço do Felipe no final do jantar. Ele ficou se achando porque 99% das vezes ela só quer se aninhar no meu braço, mas depois dele ter a levado no Golden Mickey’s, ela estava fã do papai!
Saímos do restaurante e fizemos nossa tradicional volta pelas lojinhas do navio e voltamos para o quarto para dormir. Tudo numa tentativa de conseguir acordar cedo no dia seguinte para curtir o Tracy ou o Endicott Arm.
Clique aqui para ler o próximo diário de viagem, do dia 3.
Já conhece nossos outros sites?
Compre ingressos, hospedagem e cruzeiros com desconto no VPD Travel, a agência do VPD.
Veja as dicas de Nova York no VPD NY.
Vídeos toda semana no nosso canal do Youtube.
Siga a gente também no Instagram!