Tópicos da última reunião do comitê de reabertura da Flórida
Uma série de comitês vem se reunindo nos EUA para planejar e antecipar os protocolos de reabertura da economia, como contamos aqui.
A força-tarefa do estado da Flórida junta políticos, executivos e representantes de diferentes setores da economia em reuniões diárias para estabelecer de antemão como vão ser os procedimentos para que os estabelecimentos públicos e comerciais reabram de forma segura.
A gente já tinha contado aqui os outros pontos discutidos essa semana, como a possibilidade de uma reabertura gradual primeiro para residentes do estado, antes de reabrir para visitantes de outros lugares dos EUA e de outros países.
Na reunião de ontem, 23 de Abril, foram discutidos mais alguns pontos chave que impactam no turismo de Orlando.
Áreas públicas
O primeiro ponto sugerido é que todos os residentes da Flórida usem máscaras protetoras ao sair de casa, especialmente nesse primeiro momento quando começar a acontecer a reabertura do comércio e escritórios.
Além disso, aqueles que não podem trabalhar de casa e tem que ir ao local de trabalho deverão medir suas temperaturas antes de sair de casa. É uma forma de fazer um “filtro” dos sintomáticos e evitar contágio nos locais de trabalho, apesar de não ser exatamente eficiente para impedir os assintomáticos vetores do coronavírus.
Para identificar os casos de forma mais eficaz, é indicado aumentar o número de testes em massa, um ponto também defendido pelo governador da Flórida.
Aeroportos
Os aeroportos de Orlando e da Flórida já estão elaborando formas de reduzir pontos de contato físico, como telas de auto atendimento, e incentivar o check-in e cartão de embarque pelo celular. Devem também reforçar o embarque nas aeronaves em grupos menores, de forma a evitar aglomerações desnecessárias no portão de embarque (amém!).
Os funcionários devem usar máscaras de proteção, e deverá ser mantida uma distância de cerca de 2m entre os passageiros nas filas de segurança e imigração. Também estão estudando utilizar separadores de acrílico nas áreas onde as filas ficam lado a lado.
Deve ser encorajado que os passageiros evitem despachar bagagens, para evitar contato no balcão de check in e logística até a aeronave. Para nós, que viajamos de outro país, esse é um ponto mais complicado, já que quase todo mundo despacha mala.
Linhas de Cruzeiro
Aqui não foi apontado nada especificamente sobre a Disney Cruise Line, mas representantes de outras linhas como a MSC anunciaram que deverão reforçar testes de temperatura e questionários médicos dos passageiros e tripulantes antes do embarque. No caso de algum sinal de sintomas, não poderão entrar no navio – mas mais uma vez, aqui seria um filtro apenas para os sintomáticos.
Os cruzeiros da Disney já tinham como procedimento padrão um questionário médico perguntando sobre possíveis sintomas antes do embarque, mas devem implementar algo ainda mais rigoroso no futuro.
Os comitês vem se reunindo com frequência para determinar quais mudanças e adaptações serão necessárias para que os estabelecimentos possam começar a reabrir novamente, de acordo com o plano federal de reabertura da economia dos EUA, que contamos aqui.
Contamos aqui também as declarações do CEO da Universal sobre possíveis cenários operacionais para quando os parques começarem a reabrir.
Como já falamos antes, esperamos que esses planos estejam levando em conta não apenas os executivos das empresas, mas também especialistas em saúde pública e epidemiologistas, que podem melhor projetar os cenários futuros e comportamento do vírus.
O comitê da Flórida ficou de apresentar até hoje à tarde um plano com as recomendações oficiais para avaliação do governador Ron DeSantis. Assim que tivermos mais novidades, a gente conta aqui 🙂