Bob Iger reassume liderança da Disney após deixar o cargo de CEO
Bob Iger foi o CEO da Disney durante 15 anos, até Fevereiro desse ano com o anúncio que ele estava deixando o cargo.
Outro Bob, o Bob Chapek, foi anunciado como seu substituto, e até então ele era presidente da divisão de parques, experiências e produtos. Com a mudança, Iger assumiu a posição de Executive Chairman para ajudar e aconselhar a empresa nesse processo de transição.
O curioso nisso tudo foi o momento e a rapidez com que aconteceu, mesmo com toda a situação mundial. Quando o anúncio foi feito, alguns parques da Disney na Ásia já estavam fechados por conta do novo coronavírus, e o cenário estava se agravando no restante do mundo.
A continuidade nos planos de mudança de liderança e a rapidez com que foi finalizada, mesmo em um cenário desfavorável, causou surpresa no mercado e nos especialistas.
Com a situação se escalando a ponto de ter todos seus complexos de parques temáticos do mundo fechados por tempo indeterminado, a ausência de posicionamento público do novo CEO foi gerando cada vez mais dúvida. Na semana passada, Bob Iger ressurgiu como porta-voz da empresa ao anunciar possíveis cenários para a reabertura dos parques, como contamos aqui.
Agora, em um artigo do New York Times com a colaboração da própria Disney, Bob Iger afirmou que diante dessa crise, ele não teve escolha a não ser voltar a boa parte das antigas tarefas de CEO. A imagem passada aqui é de que o Bob Iger terá um papel importantíssimo em fazer a Disney superar a crise atual.
Outra coisa que se deu a entender disso tudo é que o objetivo principal do Bob Iger era deixar o cargo em um momento de alta, com uma boa reputação e diversos projetos concluídos com sucesso: expansão internacional com o parque de Shanghai, compra da Pixar, Marvel, Lucasfilm e Fox, e ambiciosas expansões nos parques já existentes, com Star Wars: Galaxy’s Edge e Toy Story Land.
Diante das proporções dos impactos da pandemia na empresa, Bob Iger reassumiu o controle de muitas tomadas de decisão e reestruturação. Com sua popularidade ainda em alta, ele surge como uma figura confiável para lidar com a situação da melhor forma possível.
O artigo do NYT trouxe pontos relevantes vindos do próprio Bob Iger, e termina com uma reflexão muito curiosa sobre o futuro da liderança da empresa depois que passar essa crise. Será que o Bob Chapek vai se sustentar como CEO? Ou Bob Iger seguirá liderando em busca de outro momento de alta para poder sair como planejava?
Ainda é cedo pra dizer como ficará a empresa após tudo isso, mas Bob Iger deu algumas pistas dos caminhos que pretende tomar: uma empresa mais enxuta, com menos funcionários, e desenvolvendo um novo mercado de como gerenciar multidões de forma segura.
Recentemente foi confirmado também que os sindicatos de funcionários chegaram a um acordo de licença não remunerada com 43.000 funcionários da Flórida, como contamos aqui.
Também já fizemos aqui um post com nossas impressões sobre o que esperar da reabertura dos parques no sentido de lotação, alteração no funcionamento e mais, clique aqui para ver.