Como é alugar carro na Thrifty
Neste post
Já falamos aqui no VPD que quando o assunto é aluguel de carro nos EUA, o barato pode sair caro, mas mesmo sabendo do risco, nós reservamos com a baratíssima Thrifty, que nos sites de comparação de preços como o Rent Cars e o Rental Cars, sempre figura como uma das locadoras mais em conta de Orlando.
Antes de mais nada, se você está pensando em alugar um carro em Orlando, não deixe de ler os posts a seguir:
- Descubra as dicas para alugar carro em Orlando, clicando aqui.
- Para saber mais sobre como dirigir em Orlando, clique aqui.
- Se quiser tirar suas dúvidas sobre pedágios, clique aqui.
- Para saber tudo sobre viajar de carro entre Miami e Orlando, clique aqui.
- Veja como alugar carro dentro da Disney, clicando aqui.
- Se quiser ver nossa opinião sobre as outras locadoras e quais são as melhores e piores, clique aqui.
Resumo da ópera: minha experiência na Thrifty só não foi pior, porque eu consegui driblar o atendente, que a todo momento tentava me enganar e vender algo a mais. Aqui vai o balanço geral antes de partirmos para a avaliação completa:
O que eu gostei da Thrifty?
- Está localizada dentro do aeroporto, então não tive que pegar aquelas vans que te levam até a locadora que fica do lado de fora, como a Sixt e a Advantage.
- O carro, apesar de pequeno era novo e tinha sido lavado logo antes de eu pegar.
- Os preços, se desconsiderarmos os seguros e pedágios, são realmente em conta.
O que eu não gostei da Thrifty?
- O atendente tentou me empurrar todo o tipo de item extra possível, e ficou tentando me botar medo quando eu negava algo.
- A frota é dividida com a Dollar, que tivemos uma péssima experiência também.
- Foi a locadora menos amiga do brasileiro que eu conheci em Orlando. Não dispunha de mapas, contratos e folhetos em português ou espanhol, que pudessem ajudar quem não domina o idioma. Além do atendente ter tentado se aproveitar do fato de eu ser um turista para me enganar.
Como foi alugar o carro na Thrifty?
Ao contrário do que sempre recomendamos, eu estava meio desorganizado nessa viagem e só fui fechar o carro um dia antes de embarcar para Orlando. Eu sei, poderia ter conseguido preços melhores reservando antes, mas era uma viagem rápida, 6 dias e fechei tudo em cima da hora mesmo.
Fiz a reserva pelo já conhecido (e recomendado!) Rent Cars e paguei na reserva o total de $147 dólares, sendo que 100 foram pagos no cartão de crédito em reais e o restante deveria ser pago direto na locadora, no momento da devolução do carro. Minha reserva também incluiu o seguro LDW (clique aqui para entender os seguros das locadoras nos EUA) e decidi não contratar o seguro para terceiros, já que a Re alugou outro carro com essa opção então iríamos usar o carro dela na maior parte do tempo.
Imprimi o voucher e fui pra cama para não perder o voo no dia seguinte 🙂
Retirando o carro na Thrifty do aeroporto de Orlando
Chegado em Orlando, depois de uma rápida conexão em Miami, fui até o balcão da Thrifty, que divide espaço com a parceira (e pouquíssimo querida) Dollar. Lá, peguei uma fila muito curta, e não havia a opção para retirada automática no totem (como na Alamo), então tive que ser atendido direto no balcão.
Fui atendido por um funcionário que se eu não me engano, se chamava Kenny e logo já lhe entreguei o voucher, meu passaporte, minha CNH e o cartão de crédito que usei para a reserva. Ele confirmou que estava tudo certo e prontamente partiu para o bombardeio de ofertas:
– Posso incluir o plano de pedágios? (plano de 56 dólares incluindo todos os pedágios ou teria que pagar 15 dólares por pedágio + valor do pedágio – nenhum valia a pena no meu caso, como já expliquei aqui)
– Não
– Por que?
– Porque vou ficar em Orlando e se for passar por algum pedágio, utilizo moedas.
– Ah, mas existem vários pedágios que não aceitam dinheiro.
– Eu sei, mas esses são na Turnpike (estrada para Miami) e não vou andar por ela
– Ah, mas existem outros (mentira!)
– Ok ok, não quero, deixa que eu me viro se tiver que pagar a mais por isso.
Depois o bombardeio continuou:
– Posso incluir o seguro para terceiros (ele só falou a palavra-chave ‘liability’).
– Não
– Por que?
– Porque vou deixar esse carro parado no hotel na maior parte da viagem, então não estou preocupado com isso.
– Mas você sabe que se atropelar alguém, terá que pagar mais de 3 milhões de dólares?
– (dei risada), sei sim, mas você não sabe o quanto de dinheiro eu tenho na minha carteira né? (ok ok, é lógico que não tenho 3 milhões… mas precisava brincar com ele).
– Ok ok, se você é rico assim, espero que goste de se arriscar (sério, ele me disse isso!).
E as ofertas continuaram: foi GPS, roadside assistance (guincho caso o seu pneu fure), seguro médico (sempre viajo com o meu, como já contei aqui), e de acidentes pessoais. Todos veemente negados, mas o senhor estava claramente mal intencionado, falando um inglês rápido e com um sotaque que parecia mais que era para me confundir. Além do que, a cada não que ele ouvia, ficava mais ríspido no atendimento.
O valor do caução deixado no meu cartão de crédito foi de $250 dólares.
Condições do carro da Thrifty
Depois da sequência de recusas no balcão, o atendente imprimiu o folheto para a retirada do carro e me mandou sair em direção a garagem, onde eu escolhi um Ford Focus que havia sido lavado há pouco.
Eram poucas as opções na categoria compacto que estavam disponíveis para a locação, e olha que essa garagem era compartilhada para quem alugava na Dollar ou na Thrifty, ou seja, entre as duas, os carros são os mesmos.
O carro era novo, pouco rodado e logo já conectei meu celular no Bluetooth para ligar o Waze até o hotel.
Devolução do carro na Thrifty
Ao contrário do trauma da retirada, a devolução do carro na Thrifty foi bem mais tranquila e sem sustos. Só me foi cobrado os 47 dólares que sobraram a ser pagos na devolução. Eu abasteci o carro logo que saí de Lake Buena Vista e ele chegou no aeroporto ainda apontando tanque cheio, então não me cobraram nada pelo combustível.
Pedi para imprimirem o meu recibo e fui embora rumo ao Brasil.
Minha conclusão sobre a Thrifty
Assim como falamos para a Dollar, a Thrifty é a famosa pega-turista. Usa tarifas-base muito abaixo do mercado e depois ganha em cima da venda de itens adicionais como seguros, gps, e pacotes que em sua maioria, podem ser prontamente dispensados. O que eu achei ainda pior, foi o uso de mentiras e até um certo terrorismo para convencer o cliente que não domina tanto o inglês ou as regras de aluguel de carro a deixar os suados dólares lá no balcão.
Então já sabe: eu não recomendo a Thrifty, mas se for a única que couber no orçamento, vá preparado para dizer bons não, e dar alguns sorrisos cínicos no balcão da locadora.